São Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009

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PIB dos EUA e inflação no Brasil são destaque

Indicador americano será revisado; IGP-M sai na sexta

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma agenda intensa de eventos econômicos é o que os próximos dias reservam. Inflação no Brasil e PIB nos Estados Unidos estão entre os destaques da semana.
Amanhã será o dia mais agitado, especialmente pelos eventos agendados nos Estados Unidos. O país vai apresentar a segunda prévia do resultado do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre do ano.
Na primeira prévia, a maior economia do mundo apresentou expansão anualizada de 3,5%. Para a segunda prévia, o mercado projeta que a alta seja revista para 3%. Apesar de o resultado ser positivo, analistas dizem que deve ser destacado que a recuperação que os EUA têm apresentado está muito apoiada em recursos estatais, como a ajuda do Fed (BC do país) a bancos e empresas.
Ainda amanhã, outros eventos de peso complementam a agenda. O índice de confiança ao consumidor americano é um deles, além do índice do setor manufatureiro medido pelo Fed de Richmond.
Para fechar a agenda do dia, o Fomc -comitê que define os juros no país- apresentará a minuta de seu último encontro, no qual foi decidida a manutenção dos juros básicos americanos em uma faixa que vai de zero a 0,25% anual.
Na semana passada, Ben Bernanke, presidente do Fed, fez alguns discursos nos quais sinalizou que a política de juros baixíssimos dos EUA vai permanecer por um bom tempo.
"Bernanke sabe bem que a situação nos EUA está ainda muito longe de se normalizar e que alguns problemas sérios persistem no tecido econômico norte-americano. O desemprego está em nível recorde, o segundo mais alto desde 1963, e não deve retroceder tão em breve, tornando ainda mais lenta a recuperação econômica por lá", diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Gradual Investimentos.
A quarta-feira também chega com uma agenda carregada. O PCE (índice inflacionário que acompanha os gastos dos consumidores) de outubro vai ser conhecido nesse dia. A expectativa é que tenha registrado elevação de 0,5% no período. Esse índice é de grande relevância e é acompanhado de perto pelo Fed por ser um sinalizador do humor dos consumidores dos EUA. E, como a economia americana tem no consumo um importante pilar, o aquecimento do segmento é fundamental para a recuperação do país.
Ainda na quarta serão divulgados números de encomendas de bens duráveis, pedidos de seguro-desemprego, confiança do consumidor (medida pela Universidade de Michigan) e vendas de imóveis novos.
Na quinta-feira, o feriado do Dia de Ação de Graças interromperá a série de divulgações de indicadores nos EUA.

Dados locais
A agenda doméstica trará uma série de dados de inflação para os analistas avaliarem nos próximos dias.
No segmento, o dado mais relevante será conhecido na sexta, quando sai o IGP-M de novembro. Sendo o primeiro índice de inflação fechado do mês, o IGP-M deve apresentar, segundo avaliação do mercado, alta de 0,17%. Em outubro, havia subido apenas 0,05%.
Outro dado importante no dia será o IPCA-15 -que é uma espécie de prévia do IPCA, que baliza a meta de inflação. O mercado espera que o IPCA-15 aponte alta de 0,37%, ante 0,18% da mediação anterior.
O Banco Central utiliza o IPCA para acompanhar sua meta de inflação, que é de 4,5% para este ano. Se a meta não for comprometida, há mais espaço para os juros permanecerem em níveis baixos.


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