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PIB dos EUA e inflação no Brasil são destaque
Indicador americano será
revisado; IGP-M sai na sexta
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma agenda intensa de eventos econômicos é o que os próximos dias reservam. Inflação
no Brasil e PIB nos Estados
Unidos estão entre os destaques da semana.
Amanhã será o dia mais agitado, especialmente pelos
eventos agendados nos Estados
Unidos. O país vai apresentar a
segunda prévia do resultado do
PIB (Produto Interno Bruto)
no terceiro trimestre do ano.
Na primeira prévia, a maior
economia do mundo apresentou expansão anualizada de
3,5%. Para a segunda prévia, o
mercado projeta que a alta seja
revista para 3%. Apesar de o resultado ser positivo, analistas
dizem que deve ser destacado
que a recuperação que os EUA
têm apresentado está muito
apoiada em recursos estatais,
como a ajuda do Fed (BC do
país) a bancos e empresas.
Ainda amanhã, outros eventos de peso complementam a
agenda. O índice de confiança
ao consumidor americano é um
deles, além do índice do setor
manufatureiro medido pelo
Fed de Richmond.
Para fechar a agenda do dia, o
Fomc -comitê que define os
juros no país- apresentará a
minuta de seu último encontro,
no qual foi decidida a manutenção dos juros básicos americanos em uma faixa que vai de zero a 0,25% anual.
Na semana passada, Ben Bernanke, presidente do Fed, fez
alguns discursos nos quais sinalizou que a política de juros
baixíssimos dos EUA vai permanecer por um bom tempo.
"Bernanke sabe bem que a situação nos EUA está ainda
muito longe de se normalizar e
que alguns problemas sérios
persistem no tecido econômico
norte-americano. O desemprego está em nível recorde, o segundo mais alto desde 1963, e
não deve retroceder tão em
breve, tornando ainda mais
lenta a recuperação econômica
por lá", diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Gradual Investimentos.
A quarta-feira também chega
com uma agenda carregada. O
PCE (índice inflacionário que
acompanha os gastos dos consumidores) de outubro vai ser
conhecido nesse dia. A expectativa é que tenha registrado elevação de 0,5% no período. Esse
índice é de grande relevância e
é acompanhado de perto pelo
Fed por ser um sinalizador do
humor dos consumidores dos
EUA. E, como a economia americana tem no consumo um importante pilar, o aquecimento
do segmento é fundamental para a recuperação do país.
Ainda na quarta serão divulgados números de encomendas
de bens duráveis, pedidos de
seguro-desemprego, confiança
do consumidor (medida pela
Universidade de Michigan) e
vendas de imóveis novos.
Na quinta-feira, o feriado do
Dia de Ação de Graças interromperá a série de divulgações
de indicadores nos EUA.
Dados locais
A agenda doméstica trará
uma série de dados de inflação
para os analistas avaliarem nos
próximos dias.
No segmento, o dado mais relevante será conhecido na sexta, quando sai o IGP-M de novembro. Sendo o primeiro índice de inflação fechado do mês, o
IGP-M deve apresentar, segundo avaliação do mercado, alta
de 0,17%. Em outubro, havia
subido apenas 0,05%.
Outro dado importante no
dia será o IPCA-15 -que é uma
espécie de prévia do IPCA, que
baliza a meta de inflação. O
mercado espera que o IPCA-15
aponte alta de 0,37%, ante
0,18% da mediação anterior.
O Banco Central utiliza o
IPCA para acompanhar sua
meta de inflação, que é de 4,5%
para este ano. Se a meta não for
comprometida, há mais espaço
para os juros permanecerem
em níveis baixos.
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