São Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 2008

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Confiança do consumidor reage, mas índice cai no ano

LUIZA BANDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) subiu 0,5% neste mês, passando de 96,9 para 97,4 pontos, um ligeiro aumento após dois meses de queda. O consumidor, porém, continua pessimista em relação aos próximos meses, diz a pesquisa Sondagem de Expectativas do Consumidor.
Para o coordenador, Aloisio Campelo, o aumento do índice em dezembro se deve à injeção de ânimo e crédito, com o 13º salário e o natal. Este, no entanto, foi o pior dezembro desde o início da pesquisa, em setembro de 2005. Se comparado com o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 19%.
No ano, a queda foi de 0,9% em relação a 2007. Campelo destacou que um forte componente de incerteza derrubou a confiança no terceiro trimestre, mas que a situação ainda é melhor do que a de outros países atingidos pela crise.
A pesquisa revela um forte pessimismo do consumidor em relação ao mercado de trabalho futuro. Enquanto em dezembro passado 23,2% responderam que seria mais difícil encontrar emprego nos próximos meses, neste ano foram 44%.
O Índice de Expectativas -composto por situação econômica local, da família e intenção de compras de bens duráveis- caiu 2,8% (de 96,2 para 93,5 pontos), atingindo o menor índice histórico. A parcela dos que prevêem melhora na situação econômica local diminuiu de 21,1% para 18,3%. A dos que projetam piora aumentou de 32,3% para 36,3%. A sondagem foi feita em 2.000 domicílios em sete capitais.


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