São Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 2008

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Diretor do BC nega conservadorismo "excessivo" no juro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Alvo do fogo amigo por causa da manutenção dos juros elevados, apesar do impacto da crise no crescimento da economia, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita, saiu ontem em defesa da instituição e disse que "as críticas não são adequadas".
Com base num levantamento feito pelo próprio BC sobre a evolução da inflação nas economias emergentes e industrializadas, ele destacou que a inflação brasileira permaneceu por muito mais tempo no intervalo acima do centro da meta do que abaixo. "Em 70% do tempo, a inflação ficou acima da meta [mas abaixo do teto] e 24% da vezes entre o centro e piso da meta. Às vezes, a gente acerta [ a meta]", brincou. Para ele, não é possível "dizer que a política monetária é exagerada".
Mesquita lembrou ainda da expectativa dos analistas de mercado. "As projeções ainda mostram inflação próxima ao teto [da meta], voltando para perto de 4,5% [o centro da meta] em 2009". Por isso, insistiu que a política monetária não pode ser caracterizada por um "excessivo conservadorismo". (SDA)


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