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Mercado Aberto
Guilherme Barros - guilherme.barros@uol.com.br
Pesquisa da CNI vê otimismo do empresário
O empresário industrial inicia o ano e o segundo mandato
do governo Lula bastante confiante com a economia. Pesquisa da CNI que será divulgada
hoje mostra que o índice de
confiança do empresário industrial, medido entre novembro de 2006 e janeiro deste ano,
subiu para 59 pontos, o melhor
patamar dos últimos dois anos.
O maior índice tinha sido de
64,9 pontos, em janeiro de
2005.
No final do ano passado, o indicador já sinalizava uma pequena melhora do otimismo do
empresário. O índice de confiança de outubro registrou 55
pontos, mostrando uma recuperação moderada em relação
aos 52,9 pontos de de julho. O
salto maior se deu agora, em janeiro, com o avanço de quatro
pontos do indicador.
O índice varia numa escala de
zero a cem pontos, sendo que
números acima de 50 pontos
indicam otimismo, e abaixo de
50, pessimismo. O objetivo do
indicador é o de captar a sensação do empresário sobre a situação atual da economia e a
perspectiva para os próximos
seis meses.
O resultado de janeiro pode
ser interpretado como uma injeção de otimismo, ao ficar
muito próximo dos 60 pontos,
um patamar que mostra historicamente quando o empresário confia numa recuperação
forte da economia. Em outubro
de 2004, ano em que o país
cresceu 4,9%, o índice estava
em 63,8 pontos.
A melhora do otimismo do
empresário deve ser atribuída a
pelo menos dois fatores. Em
primeiro lugar, ao continuado
processo de queda dos juros,
que já dura mais de um ano. Depois, ao próprio clima criado
pelo governo com a elaboração
do programa de aceleração de
crescimento. Logo depois de
ser reeleito, Lula prometeu que
iria fazer um plano de destravamento da economia para o país
voltar a crescer a 5% ao ano.
O aumento da confiança registrado pela pesquisa da CNI
foi geral. Tanto o grande como
o pequeno e médio empresário
se mostraram bem mais otimistas com as perspectivas da
economia. A manutenção ou
não dessa confiança dependerá
da execução do plano e de o juro continuar em queda.
Cheques sem fundos têm alta de 9,5%
Em todo o país, foram devolvidos 20,7 cheques sem
fundos a cada mil compensados em 2006 (2ª devolução),
uma alta de 9,5% sobre a média de 2005, que foi de 18,9
devolvidos em cada mil, segundo levantamento que a
Serasa irá divulgar hoje. Em
dezembro, houve uma queda
de 4,5% na devolução de cheques sem fundos, em razão
do pagamento do 13º salário.
De janeiro a dezembro de
2006 foram devolvidos 35,5
milhões de cheques no Brasil, num total de 1,7 bilhão de
cheques compensados. No
ano anterior, foram 36,7 milhões de devoluções de um
total de 1,94 bilhão compensados. São Paulo teve o menor volume de cheques devolvidos a cada mil compensados no balanço. Roraima
teve o maior. De acordo com
a Serasa, a alta da devolução
de cheques no ano passado
de 9,5% sobre a média de
2005 se deveu à maior facilidade de crédito e à sua concessão não adequada. Esses
fatores promoveram o acúmulo de dívidas e o comprometimento de renda por parte da população.
análise
Economista apóia fundo com FGTS
O economista Antonio
Corrêa de Lacerda, da
PUC-SP, defende uma das
medidas mais polêmicas
do PAC, que é a de utilizar
uma parte do FGTS para
constituir um fundo específico para financiar projetos de infra-estrutura. Em
primeiro lugar, diz que o
governo não está propondo nenhuma forma de
"desvio" de recursos do
fundo, ou mesmo "confisco", mas uma aplicação
que será remunerada, de
acordo com a rentabilidade dos projetos escolhidos
para a operação. Depois,
grande parte dos "riscos"
alegados pode ser minimizada por meio de regulamentação, transparência e
governança na gestão dos
recursos, fiscalização e o
oferecimento de garantia
da rentabilidade mínima.
NA COZINHA
A Gran Sapore, empresa que instala e faz gestão de restaurantes corporativos, prepara-se para lançar ações na
Bovespa. A idéia, segundo o vice-presidente, Plínio de Oliveira, é "reforçar a penetração no mercado interno e externo". Além disso, a empresa criou a Praça 1, uma praça
de alimentação corporativa, com boxes para comida italiana, japonesa, mineira e outras opções. A primeiro delas
acaba de ser instalada na TV Globo. Entre seus clientes
estão Motorola, AmBev, Procter & Gamble e Renault.
BIODIESEL
A ANP marcou a data do
seu quinto leilão público de
biodiesel. Será no dia 13 de
fevereiro, na modalidade
pregão eletrônico, com a
oferta de 100 milhões de litros do produto. Nos quatro
primeiros leilões, realizados
em 2005 e 2006, foram vendidos 840 milhões de litros.
PRORROGAÇÃO
Paulo Godoy (Abdib) ainda vai tentar convencer o governo a voltar a incluir no
PAC a isenção do IR para as
empresas que investirem no
fundo de infra-estrutura. A
medida foi tirada aos 45 minutos do segundo tempo, a
pedido da Receita Federal,
que viu uma possibilidade
de se abrir uma brecha para
sonegação. A isenção do IR
só vale para as pessoas físicas. Godoy não se convence.
Ele acha que o governo tem
vários mecanismos, como a
própria CVM, que são capazes de evitar fraudes.
COMPRA
A compra da Sodiler pela
Laselva Bookstore foi estruturada pelo escritório paulista Dourado Fagundes
Fialdini Ribas. A Laselva
possuía 64 pontos-de-venda. Com a aquisição, a companhia passa a ter 84 estabelecimentos no país.
ESTUDO
Dezesseis alunos estrangeiros desembarcaram no
Instituto Coppead/UFRJ
para cursar o módulo brasileiro do Global Partners
MBA, programa em parceria
com instituições, como Robinson College of Business
(EUA) e o IAE da Sorbonne.
Além do Brasil e dos EUA, os
estudantes farão módulos
na França e na China.
QUÍMICOS
O setor atacadista de produtos químicos e petroquímicos teve queda de 18,8%
nas vendas em dólares, em
dezembro de 2006, em relação a novembro. Já as vendas acumuladas registraram
acréscimo de 9,7% em relação a igual período do ano
anterior, segundo a Associquim e o Sincoquim (associação e sindicato do setor).
A expectativa é que janeiro
apresente crescimento de
12% nas vendas.
EDIÇÃO
A Doria Associados Editora lança amanhã, durante o
3º Family Workshop, em SP,
a terceira edição da "Revista
Empresarial", com tiragem
de 40 mil exemplares.
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