DA REPORTAGEM LOCAL

O consórcio Telco, controlador da Telecom Italia e da TIM no Brasil, terá dez dias para recorrer à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que decidiu obrigá-lo a fazer uma oferta pública pelas 140 milhões de ações ordinárias da TIM em posse de acionistas minoritários no país. Analistas europeus estimam que essa operação possa custar ao Telco R$ 1,1 bilhão.
A decisão da CVM saiu após quase dois anos de análise das diversas reclamações dos minoritários. Segundo Felipe Claret, superintendente de registros de valores mobiliários da CVM, a autarquia entendeu que eles estavam certos. O Telco exercia o controle da Olimpia, mesmo tendo apenas 18% das ações com direito a voto.
A Olimpia é a holding que controla a Telecom Italia e a TIM no Brasil. No final de abril de 2007, ela foi adquirida pelo Telco.
Por isso, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a CVM impuseram 28 limitações à Telefónica que, na prática, não pode participar das decisões estratégicas da Telecom Italia.
Com a perspectiva de compra dos papéis, as ações ordinárias da TIM subiram 35,03%, fechando em R$ 7,17. "Os investidores acreditam que essa oferta vai ocorrer, e essa procura potencial no futuro elevou o preço", diz Eduardo Roche, do Modal Asset Management.


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