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Bolsa de SP encerra a semana com perdas de 3%
Investidor externo volta a tirar dinheiro do mercado
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana foi de queda na
Bolsa de Valores de São Paulo,
mesmo com o corte mais ousado, de um ponto percentual,
feito pelo Copom na taxa básica
de juros brasileira. Ontem, a
Bovespa terminou com alta de
0,63%, mas o resultado foi insuficiente para livrá-la do vermelho na semana, quando acumulou baixa de 3,07%.
O dólar, que subiu 0,43% ontem, terminou a semana cotado
a R$ 2,341, o que representou
uma leve baixa de 0,09% acumulada no período. Em janeiro,
a alta do dólar é de 0,30%.
Novos dados dados corporativos decepcionantes, como os
fracos resultados de General
Electric e Xerox, dificultaram o
dia das Bolsas. Na Europa, a
queda do PIB do Reino Unido,
de 1,5% no quarto trimestre, levou o país a um cenário de recessão técnica, o que influenciou para um dia de perdas dos
mercados.
O índice Dow Jones, das
ações americanas de maior liquidez, terminou ontem com
baixa de 0,56%. A Bolsa de
Frankfurt perdeu 0,96%; Paris
recuou 0,71%. E Londres fechou estável.
"A divulgação dos resultados
do quarto trimestre, com destaque para Bank of America,
Citigroup e Microsoft, apresentando valores abaixo da expectativa do mercado, voltou a trazer pessimismo aos investidores e queda às Bolsas na semana", diz Julio Martins, diretor
da Prosper Gestão de Recursos.
"Os resultados corporativos do
mercado norte-americano devem seguir trazendo volatilidade nos próximos dias."
Ações do setor bancário voltaram a se destacar dentre as
perdas mais elevadas na Europa. Os papéis do BNP Paribas
caíram 7,84% em Paris. Em
Londres, as ações do Barclays
recuaram 13,51%.
A Bovespa ontem viveu um
dia de muita oscilação. Após
chegar a perder 3,04% no pior
momento do dia, atraiu investidores e marcou valorização de
2,02% no teto do pregão. No
fim das operações, registrava
38.132 pontos.
Além dos bancos, quem ajudou o Ibovespa ontem foram os
papéis da Vale. As ações preferenciais "A" se valorizaram em
1,74%. Já os papéis da Petrobras registraram baixa no pregão, de 0,21% (preferenciais) e
0,24% (ordinárias).
O balanço das operações feitas pelos investidores estrangeiros na Bolsa, que parecia que
tomaria um rumo diferente em
janeiro, voltou a decepcionar.
Após contabilizar saldo positivo de R$ 1,08 bilhão no acumulado até o dia 8, o balanço das
operações com capital externo
passou a ser negativo em R$
546,5 milhões no dia 20.
Os estrangeiros representam
cerca de 35% das operações da
Bolsa. Dessa forma, seu apetite
para as ações brasileiras é relevante para o desempenho do
mercado local.
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