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COMÉRCIO EXTERIOR
Queda de 7% no saldo em 2003 se deveu a importação maior
Argentina faz US$ 15,5 bi de superávit
DA REDAÇÃO
No ano passado, a Argentina fechou sua balança comercial com
um superávit de US$ 15,5 bilhões,
um decréscimo de 7% sobre o saldo de US$ 16,7 bilhões de 2002, informou ontem o Indec (Instituto
Nacional de Estatística e Censos).
Apesar de ter elevado suas exportações em 14,2% no ano passado, para US$ 29,35 bilhões (ante
US$ 25,7 bilhões em 2002), a retomada econômica fez as importações do país vizinho subirem
53,7% -de US$ 9 bilhões no ano
retrasado para US$ 13,8 bilhões
em 2003.
O Brasil foi, no ano passado, o
maior parceiro comercial de seu
vizinho e colega de Mercosul. As
exportações feitas para o Brasil representaram 15% do total argentino. As compras de produtos brasileiros foram 34% de tudo o que a
Argentina importou em 2003.
Essa parceria já ocorrera no ano
anterior, quando 19% das exportações argentinas se destinaram
ao Brasil e 28% das importações
eram de produtos brasileiros.
Para o Brasil, a Argentina foi o
segundo maior parceiro comercial do ano passado, perdendo para os Estados Unidos, país que
ocupa a terceira posição no ranking de exportações e a segunda
no de importações argentinas.
Produtos
Os chamados produtos de origem vegetal foram os que mais
contribuíram com o superávit comercial da Argentina no ano que
passou, totalizando US$ 4,9 bilhões de saldo positivo.
Nesse grupo, destacaram-se
dois subgrupos: o dos cereais,
com US$ 2,3 bilhões de saldo, e o
de oleaginosas, que rendeu US$
1,9 bilhão ao país.
Entre os cereais, os que a Argentina mais exporta são trigo -do
qual é um dos dez maiores produtores mundiais- e milho.
Já o saldo de oleaginosas se deve
especialmente à soja, pela qual o
país responde pela terceira maior
produção mundial, perdendo
apenas para EUA e Brasil. Com
soja e seus derivados, aliás, a Argentina contabilizou US$ 7,1 bilhões em exportações no ano passado. De cada US$ 4 que o país
vendeu ao exterior em 2003, US$ 1
foi obtido com soja e/ou seus derivados. A exemplo do Brasil, o país
vizinho encontra na soja sua principal commodity para o comércio
exterior.
O grupo de máquinas, equipamentos e material elétrico foi o
que teve o maior déficit comercial, US$ 2,5 bilhões. A julgar pelas compras argentinas, o país investiu em 2003 para crescer.
(FABÍOLA SALANI)
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