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Superávit do governo central cai pela metade
DA SUCURSAL DO RIO
O superávit primário registrado pelo governo central (Tesouro, Previdência e Banco
Central) no mês passado foi de
R$ 4,3 bilhões, enquanto no
mesmo período do ano passado o valor ficou em R$ 8,1 bilhões. O superávit representa
2,56% do PIB (soma das riquezas produzidas no país).
De acordo com o secretário
do Tesouro Nacional, Joaquim
Levy, a diferença se deve em
grande parte à antecipação de
despesas, como o pagamento
de precatórios (sentenças judiciais) da Previdência Social e de
precatórios de pessoal, que somaram cerca de R$ 1,5 bilhão,
que eram costumeiramente feitos em fevereiro e março. Para
justificar a antecipação, o secretário afirmou que "tendo dinheiro, uma boa coisa é pagar
as contas e limpar a mesa".
Também afetou as contas do
mês de janeiro o pagamento
dos ativos da Emgea (Empresa
de Gerenciamento de Ativos),
que também ficou em torno de
R$ 1,5 bilhão -que ficou com
os contratos do BNH.
A contribuição do Tesouro
Nacional para o superávit foi
de R$ 9,1 bilhões. A receita bruta do Tesouro Nacional mês
passado foi de R$ 37,7 bilhões,
valor R$ 4 bilhões maior do que
no mesmo mês de 2005.
O desempenho não foi muito
favorável, segundo Levy, porque alguns dos tributos não
cresceram como no ano passado. O IR, por exemplo, que
chegou a crescer mais de 20%
em alguns meses de 2005, subiu
apenas 6% no mês passado.
"O crescimento mudou de
ritmo. Algumas, como CPMF e
CSLL [contribuição social] estão no mesmo nível no crescimento nominal do PIB, já o IR
e o IPI ficaram abaixo", disse.
Parte do aumento da receita
se deveu a pagamentos de dividendos antecipados feitos pela
Petrobras e do recolhimento
das receita de concessões para
exploração e produção de petróleo.
(TALITA FIGUEIREDO)
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