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CONSUMO
Segundo a Serasa, comprometimento do salário com crédito consignado ajuda a explicar crescimento das dívidas em atraso
Inadimplência aumenta 13,3% em janeiro
DA FOLHA ONLINE
A inadimplência do consumidor brasileiro abriu o ano em alta.
De acordo com levantamento
realizado pela Serasa em todo o
país, o percentual de consumidores com dívidas em atraso teve
um aumento de 13,3% em janeiro
na comparação com o mesmo
mês do ano passado.
A pesquisa abrange os registros
de cheques devolvidos por falta de
fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras, cartões de crédito e financeiras.
Em relação a dezembro, a inadimplência dos consumidores registrou queda de 3,8%, o que já
demonstra um esforço do consumidor em regularizar o pagamento de suas dívidas.
De acordo com os técnicos da
Serasa, vários fatores explicam o
aumento da inadimplência no
início de 2006. O que mais chama
a atenção ainda é o comprometimento da renda do trabalhador
assalariado com as parcelas do
crédito consignado, o empréstimo pessoal com desconto em folha de pagamento.
Excesso de crédito
Além dessa modalidade de empréstimo, que ganhou força no
ano passado, a Serasa aponta como responsável pelo aumento da
inadimplência o excesso de crédito disponibilizado pelo comércio
para a compra de bens duráveis,
especialmente no Natal.
Somado a isso, a Serasa lembra
dos vários compromissos financeiros típicos do início de ano que
diminuem o dinheiro disponível
para o pagamento das dívidas, como o vencimento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), do IPVA (Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores), matrículas e compras
de material escolar.
Cheque sem fundos
Os cheques sem fundos tiveram
o maior peso na inadimplência de
consumidores em janeiro. O valor
médio dos cheques sem fundos
emitidos por pessoas físicas em
janeiro foi de R$ 550, o que representa um aumento de 9,5% sobre
o valor médio no mesmo mês do
ano passado.
As dívidas com cartões de crédito e financeiras ficaram em segundo lugar na inadimplência de
consumidores, seguida pelas dívidas com bancos e títulos protestados.
O valor médio dos títulos protestados ficou em R$ 797,65, enquanto os registros de débitos em
atraso no sistema financeiro tiveram valor médio de R$ 1.117,60.
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