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Cai a confiança do consumidor na economia, indica pesquisa
LUCIANA BRAFMAN
DA SUCURSAL DO RIO
O consumidor brasileiro está
mais temeroso em relação à economia, segundo o Índice de Confiança do Consumidor, calculado
pela Fundação Getulio Vargas. A
taxa caiu 2,1% entre janeiro e fevereiro, registrando piora tanto na
avaliação da situação presente
quanto em relação ao futuro.
Segundo a FGV, houve "acomodação" da confiança, que havia
crescido bastante no mês anterior. O recuo é explicado por fatores sazonais -em janeiro houve
uma dose de otimismo- e pela
percepção de que a retomada da
economia ocorrerá de forma gradual. "Em fevereiro o consumidor
está mais realista. De dezembro
para janeiro, ele superestimou a
velocidade de crescimento da
economia. Houve um espasmo de
otimismo", disse o coordenador
da pesquisa, Aloísio Campelo.
Para ele, entretanto, apesar do
recuo em relação a janeiro, o índice de fevereiro ainda ficou 4,6%
acima do de dezembro, mostrando que a confiança acumulada
não foi totalmente perdida.
O índice é composto por cinco
quesitos, dois relacionados à situação presente e três que dizem
respeito a expectativas. Todos
pioraram em fevereiro.
A percepção quanto à situação
econômica atual local (referente à
cidade onde mora o consumidor)
registrou uma piora de 1%. A
maior queda de confiança, porém, ocorreu no quesito que mede a situação financeira da família. A parcela de consumidores
que disseram que a situação é
"boa" caiu de 22,7%, em janeiro,
para 18,7%, em fevereiro. Já os
que afirmaram que o momento
financeiro é "ruim" representaram 17,5%, contra 16,3% antes.
Com essas avaliações, o índice
sobre a situação atual caiu 3,3%, a
primeira variação negativa desde
setembro, quando o indicador de
confiança foi instituído.
Sobre o futuro, 30,6% afirmaram que a situação econômica local vai melhorar no período de
seis meses, abaixo dos 30,8% de
janeiro. Quanto à situação financeira da família, houve queda de
37,3% para 35,9% na proporção
dos que vêem melhora.
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