COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A crise global será uma ótima oportunidade para a ampliação dos chamados "empregos verdes", nos quais o trabalhador, além de garantir emprego e renda, colabora para o desenvolvimento sustentável do planeta. Um exemplo: funcionários de uma empresa de energia renovável (como a eólica ou a solar), que poluem menos do que as empresas de energia gerada a partir do óleo ou do carvão. A opinião é de Fernando Almeida, presidente do CBDS (Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável).
"Esse é um conceito que está sendo recriado e que vem adquirindo bastante força no meio empresarial. É um emprego de duplo dividendo, pois ajuda tanto o trabalhador quanto o desenvolvimento sustentável", diz Almeida. "Não vejo como segurar a massa de postos de trabalho de antes da crise sem esse tipo de solução. Empresários e empregados precisam ficar atentos às novas oportunidades e vagas que vêm sendo criadas com isso."
A onda do emprego verde ganhou fôlego com a recente eleição de Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos. Pesados investimentos em energias limpas e a criação de novos empregos a partir desse modelo de desenvolvimento energético são as principais bases de seu programa de governo para lidar com o problema do desemprego crescente.
"Não adianta uma empresa operar somente na dimensão ambiental, no entanto, se no relacionamento com seus funcionários ela é uma péssimo exemplo. Uma empresa sustentável tem que operar sempre preocupada com as três dimensões: a ambiental, a econômico e a social", diz Almeida.


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