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VAREJO 1
Comércio perde força, mas cresce 5,9% em 2009
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Impulsionado por corte de
tributos, massa salarial em
alta, queda do dólar, retomada do crédito e juros mais
baixos, o comércio varejista
foi pouco afetado pela crise e
fechou o ano de 2009 com
crescimento de 5,9% no volume de vendas, segundo o
IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística). O
percentual, porém, é inferior
ao de 2008: 9,1%.
Já em dezembro, as vendas
perderam fôlego após sete
meses consecutivos de alta e
caíram 0,4% ante novembro,
na comparação livre de efeitos sazonais. Trata-se da primeira retração para tal mês
do ano desde 2003.
Para Reinaldo Pereira,
economista do IBGE, o varejo "teve um desempenho
bastante razoável em 2009
diante da magnitude da crise". Sem as contribuições negativas do mercado externo e
da freada dos investimentos,
o comércio se saiu melhor do
que a indústria, que amargou
uma retração recorde de
7,4% no ano passado.
Em relação a dezembro de
2008, as vendas avançaram
9,1%, mas a base de comparação é baixa porque a economia estava em crise.
O economista Carlos Thadeu de Freitas, da CNC (Confederação Nacional do Comércio), também analisa o
resultado de 2009 como positivo e crê "apenas numa
acomodação em dezembro".
Segundo Freitas, os fatores
que sustentaram o comércio
em 2009 se mantêm agora
em 2010: o rendimento continuará em alta, na esteira do
reajuste do salário mínimo, o
crédito será alongado e o
câmbio -que barateia importados e alimentos- não
deve sair do atual patamar de
R$ 1,80. Sob todas essas influências positivas, aliadas
ao controle da inflação, a
CNC prevê uma expansão
das vendas do comércio entre 9% e 10% em 2010.
Em 2009, as vendas de alimentos subiram 8,1%, resultado acima do registrado no
comércio com um todo.
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