São Paulo, quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VAREJO 1

Comércio perde força, mas cresce 5,9% em 2009

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Impulsionado por corte de tributos, massa salarial em alta, queda do dólar, retomada do crédito e juros mais baixos, o comércio varejista foi pouco afetado pela crise e fechou o ano de 2009 com crescimento de 5,9% no volume de vendas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O percentual, porém, é inferior ao de 2008: 9,1%.
Já em dezembro, as vendas perderam fôlego após sete meses consecutivos de alta e caíram 0,4% ante novembro, na comparação livre de efeitos sazonais. Trata-se da primeira retração para tal mês do ano desde 2003.
Para Reinaldo Pereira, economista do IBGE, o varejo "teve um desempenho bastante razoável em 2009 diante da magnitude da crise". Sem as contribuições negativas do mercado externo e da freada dos investimentos, o comércio se saiu melhor do que a indústria, que amargou uma retração recorde de 7,4% no ano passado.
Em relação a dezembro de 2008, as vendas avançaram 9,1%, mas a base de comparação é baixa porque a economia estava em crise.
O economista Carlos Thadeu de Freitas, da CNC (Confederação Nacional do Comércio), também analisa o resultado de 2009 como positivo e crê "apenas numa acomodação em dezembro".
Segundo Freitas, os fatores que sustentaram o comércio em 2009 se mantêm agora em 2010: o rendimento continuará em alta, na esteira do reajuste do salário mínimo, o crédito será alongado e o câmbio -que barateia importados e alimentos- não deve sair do atual patamar de R$ 1,80. Sob todas essas influências positivas, aliadas ao controle da inflação, a CNC prevê uma expansão das vendas do comércio entre 9% e 10% em 2010.
Em 2009, as vendas de alimentos subiram 8,1%, resultado acima do registrado no comércio com um todo.


Texto Anterior: Centrais tentam adiar no STF votação sobre imposto sindical
Próximo Texto: Varejo 2: Renner estreia novo formato de lojas no segundo semestre
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.