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Confiança cai nos EUA e derruba mercados
Bovespa fecha em queda de 1,6%; dólar vai a R$ 1,827
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A divulgação de um dado econômico norte-americano decepcionante serviu de mote para que os investidores se desfizessem de ações pelo mundo.
Com grande participação de estrangeiros e sem notícias locais
de peso, a BM&FBovespa terminou com queda de 1,60%.
Embalada pela surpreendente queda na confiança do consumidor norte-americano em
janeiro, Wall Street fechou no
vermelho. O índice Dow Jones
caiu 0,97%. A Bolsa eletrônica
Nasdaq perdeu 1,28%.
Enquanto os mercados acionários recuavam, o dólar ganhava força. Em relação ao real,
a moeda dos EUA registrou
apreciação de 0,88%, o que a levou a terminar as operações cotada a R$ 1,827.
"O mercado sempre arruma
uma justificativa quando quer
realizar [vender ativos para
embolsar ganhos]. Como o indicador de confiança do consumidor dos EUA veio abaixo das
previsões, o resultado foi uma
queda das Bolsas de Valores",
afirmou Inês Filipa, economista-chefe da Icap Brasil.
Além do dado americano, a
Europa refletiu a decepção com
o recuo do indicador sobre o
ambiente de negócios na Alemanha, que marcou sua primeira baixa em dez meses.
A Bolsa de Londres caiu
0,69%. Em Frankfurt, a baixa
ficou em 1,48%. Os investidores
alemães também não gostaram
da afirmação do Commerzbank, uma das principais instituições financeiras do país, que
avaliou que 2010 será mais um
ano complicado para o setor.
Para completar o cenário europeu pouco animador, a agência de classificação de risco
Fitch rebaixou a nota de quatro
dos maiores bancos da Grécia.
A Bolsa de Atenas caiu 1,77%.
Baixa generalizada
A BM&FBovespa operou no
vermelho durante todo o pregão de ontem. Na mínima, registrou desvalorização de
2,27%. No fim do dia, marcava
66.108 pontos. Das 63 ações
que entram na composição do
índice Ibovespa, 58 terminaram o dia em queda.
A ação das Lojas Renner foi
uma das poucas que escaparam
do vermelho. O balanço apresentado pela empresa agradou
e atraiu os investidores. O resultado foi uma alta de 4,77%, a
mais expressiva do Ibovespa.
Nenhum papel das companhias mais negociadas escapou
da baixa. A depreciação das
commodities no exterior teve
reflexo direto em ações como
Vale PNA (que caiu 1,35%) e
Petrobras PN (-1,32%).
Fora do Ibovespa, a ação preferencial da Telebrás voltou a
ser destaque de volume negociado. No pregão de ontem, o
ativo movimentou R$ 237,5
milhões -sendo o quarto
maior giro do dia. Depois de
chegar a cair mais de 11%, a
ação encerrou com pequena
depreciação de 0,38%.
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