São Paulo, quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

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Confiança cai nos EUA e derruba mercados

Bovespa fecha em queda de 1,6%; dólar vai a R$ 1,827

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A divulgação de um dado econômico norte-americano decepcionante serviu de mote para que os investidores se desfizessem de ações pelo mundo. Com grande participação de estrangeiros e sem notícias locais de peso, a BM&FBovespa terminou com queda de 1,60%.
Embalada pela surpreendente queda na confiança do consumidor norte-americano em janeiro, Wall Street fechou no vermelho. O índice Dow Jones caiu 0,97%. A Bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 1,28%.
Enquanto os mercados acionários recuavam, o dólar ganhava força. Em relação ao real, a moeda dos EUA registrou apreciação de 0,88%, o que a levou a terminar as operações cotada a R$ 1,827.
"O mercado sempre arruma uma justificativa quando quer realizar [vender ativos para embolsar ganhos]. Como o indicador de confiança do consumidor dos EUA veio abaixo das previsões, o resultado foi uma queda das Bolsas de Valores", afirmou Inês Filipa, economista-chefe da Icap Brasil.
Além do dado americano, a Europa refletiu a decepção com o recuo do indicador sobre o ambiente de negócios na Alemanha, que marcou sua primeira baixa em dez meses.
A Bolsa de Londres caiu 0,69%. Em Frankfurt, a baixa ficou em 1,48%. Os investidores alemães também não gostaram da afirmação do Commerzbank, uma das principais instituições financeiras do país, que avaliou que 2010 será mais um ano complicado para o setor.
Para completar o cenário europeu pouco animador, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de quatro dos maiores bancos da Grécia. A Bolsa de Atenas caiu 1,77%.

Baixa generalizada
A BM&FBovespa operou no vermelho durante todo o pregão de ontem. Na mínima, registrou desvalorização de 2,27%. No fim do dia, marcava 66.108 pontos. Das 63 ações que entram na composição do índice Ibovespa, 58 terminaram o dia em queda.
A ação das Lojas Renner foi uma das poucas que escaparam do vermelho. O balanço apresentado pela empresa agradou e atraiu os investidores. O resultado foi uma alta de 4,77%, a mais expressiva do Ibovespa.
Nenhum papel das companhias mais negociadas escapou da baixa. A depreciação das commodities no exterior teve reflexo direto em ações como Vale PNA (que caiu 1,35%) e Petrobras PN (-1,32%).
Fora do Ibovespa, a ação preferencial da Telebrás voltou a ser destaque de volume negociado. No pregão de ontem, o ativo movimentou R$ 237,5 milhões -sendo o quarto maior giro do dia. Depois de chegar a cair mais de 11%, a ação encerrou com pequena depreciação de 0,38%.


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