São Paulo, quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

SABOR DE PERDA
Os produtores paranaenses de milho estão no lucro. O custo médio de produção foi de R$ 8,90 por saca e o produto está sendo comercializado por R$ 13,60. Se os preços mínimos do governo fossem praticados, no entanto, estariam recebendo R$ 18 por saca.

FORA DO BOLSO
"Os produtores estão deixando de colocar no bolso R$ 720 por hectare", afirma o analista José Pitoli. O lado bom deste ano foi que as condições climáticas permitiram uma produtividade de 9.900 quilos por hectare, compensado um pouco a queda nos preços.

À ESPERA
A colheita de milho no centro do Estado está parada, devido à opção dos produtores de colher a soja. A interrupção de safra, que deve se estender para outras regiões do Estado nas próximas semanas, deve dar nova sustentação aos preços.

NO RISCO
A área de milho safrinha pode ter uma redução próxima de 20%, segundo Pitoli. As condições climáticas estão atrasando a colheita de soja em 20 dias, o que atrasa também o plantio do milho. Quanto maior o atraso, maior o risco de geadas.

INVESTIMENTOS
Em janeiro, os setores de agricultura, pecuária e extrativa mineral ficaram em último lugar no ranking dos ingressos brutos de IDE (Investimento Direto Externo). Relatório do Iedi, com base nos dados do BC, indicaram participação de 17,8% para esses setores.

MAIS CHUVA
A colheita de arroz perdeu ritmo nesta semana na fronteira oeste do Rio Grande do Sul devido ao retorno das chuvas. Mesmo assim, o mercado prevê uma melhora na oferta do produto nas próximas semanas, de acordo com a Consultoria Brandalizze.

QUEDA
O avanço da safra já faz os preços recuarem. Pesquisa da Folha indicou que a saca do arroz agulhinha em casca recuou para até R$ 28,50 em algumas regiões. O rendimento das lavouras é bom e está entre 58% e 60% de grãos inteiros.

REIVINDICAÇÕES
A Acrimat, associação dos pecuaristas de Mato Grosso, entregou ontem reivindicações e sugestões sobre o setor para Dilma Rousseff. Falta de segurança na vendas, melhoria da infraestrutura, abertura de novos mercados e Código Florestal estiveram entre os temas.

MENOS CAFÉ
A produção mundial de café em 2009/10 deve cair para 124,7 milhões de sacas, ante 135,1 milhões em 2008/09, prevê a consultoria alemã F.O. Licht. As dificuldades colombianas em voltar aos patamares históricos de produção são os motivos.


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