DA REPORTAGEM LOCAL

Juntar as forças é uma das estratégias adotadas pelos pequenos comerciantes para enfrentar o poder de fogo das grandes redes. A criação de espécies de cooperativas é a maneira mais conhecida de se fazer isso. A rede Farmais, por exemplo, tornou-se um dos exemplos típicos de farmácias que se uniram para enfrentar os avanços no mercado de redes como a Drogaria São Paulo.
"Nossos associados faturam em média hoje 40% a mais do que em 1994, quando atuavam sozinhos", afirma Nelson Tachibama, diretor-geral da Farmais.
Teoricamente, a Farmais é uma franquia, mas na prática é quase uma cooperativa. "Eu tinha uma distribuidora de remédios nos anos 90 e percebi que as pequenas drogarias corriam o risco de falir diante das grandes redes. Propus então a criação da Farmais".
Tachibama fechou a distribuidora e conseguiu atrair farmácias de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Atualmente são 650 lojas, que faturam ao todo cerca de R$ 40 milhões por mês. O equivalente a R$ 61,5 mil por loja.
A grande vantagem da associação é o desconto que consegue nos preços com seu atual fornecedor. "Isso permite que tenhamos sempre 300 itens com descontos de até 30%", disse.
Os franqueados recebem treinamento de atendimento e administração, tanto para o proprietário como para os funcionários das lojas. Além disso, a Farmais fornece consultoria permanente e instrutores de informática.
Uma das medidas mais importantes para o sucesso da empreitada, segundo Tachibama, foi a decisão de criar uma logomarca. Quem passa hoje pelas lojas Farmais supõe que se trata de uma rede de lojas, e não de franquia. "A logomarca ajudou muito no começo, pois existiam desconfianças de que as farmácias de bairro estavam relacionadas a remédios falsificados," disse.
A taxa de adesão para abrir uma franquia Farmais é de R$ 9 mil para quem nunca teve uma farmácia. Cobra-se uma mensalidade de R$ 453 e mais R$ 550 por mês para um fundo de publicidade. (LV)


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