DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que os dados de desemprego divulgados pelo IBGE não podem ser vistos de forma isolada. Segundo ele, a análise dos indicadores dos últimos meses mostra uma tendência de queda no desemprego, embora neste mês e no próximo o nível de desocupação continue aumentando.
"Não é o indicador solitário, sozinho, que deve ser anunciado, mas sim dentro do processo de análise da evolução, para onde estamos caminhando", afirmou o ministro. Marinho destacou que historicamente o desemprego cresce no início do ano e só volta a cair a partir de maio. "Em março, o desemprego ainda vai aumentar. Talvez em abril ainda cresça e depois passe a cair."
Ele mostrou os dados do IBGE sobre desemprego desde 2002 e ressaltou que o nível de desocupação vem caindo. "Os números de 2004 são melhores que os de 2003, os de 2005 são melhores que os de 2004. Em relação a fevereiro do ano passado, estamos melhor em meio ponto percentual."
O ministro disse acreditar que a taxa média de desemprego fechará o ano abaixo de dois dígitos e será melhor que o resultado verificado em 2005: 9,8%. "Eu garanto: se não houver uma catástrofe, 2006 será melhor que 2005 e parecido com 2004 no saldo positivo da geração de emprego", afirmou.
Ele definiu como catástrofe "um ataque de avião do Bin Laden à Casa Branca". "Nem um ataque tucano ou do PFL será suficiente para interromper esse processo", disse Marinho, em referência aos ataques da oposição ao ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda).
Marinho explicou ainda que não há contradição entre o resultado do Caged -indicador do emprego formal em todo o país- de fevereiro e os dados do IBGE. Isso porque o primeiro mede a geração de emprego formal, e o segundo, a procura por ocupação (formal e informal) em algumas regiões metropolitanas.


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