São Paulo, quarta-feira, 24 de março de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Redes aumentam estoques de móveis

Os estoques de móveis de algumas das maiores redes varejistas do país estão bem acima da média neste mês. Há casos de lojas que quase dobraram suas reservas.
A corrida por estoques foi motivada pelo fim do benefício do IPI reduzido para móveis, marcado para o dia 31.
As lojas aproveitaram a desoneração e reforçaram suas reservas. Apesar do término do prazo, a maioria das redes deve manter preços inferiores em abril, durante o período de vendas do Dia das Mães, segunda melhor data no ano para o varejo destes produtos.
O Grupo Pão de Açúcar confirma alta de 70% em março deste ano ante o mesmo mês de 2009 nos estoques de móveis de suas lojas Ponto Frio, Extra e dos sites de ambas as marcas.
Luiz Carlos Batista, presidente da rede Insinuante, uma das maiores compradoras dos fabricantes de móveis brasileiros, admite aumento de 40%.
A Magazine Luiza não confirma o dado, mas seu site na internet lembra o cliente de que o fim do IPI reduzido se aproxima. Casas Bahia também não deu informações.
No setor, não há esperanças de prorrogação do benefício, conforme já sinalizou o ministro Guido Mantega. A solução, portanto, será investir em publicidade para mostrar ao cliente que os preços permanecerão baixos por algum tempo.
"Estamos bem estocados e faremos campanha de liquidação. O estoque que fizemos nos permite avançar além de abril", diz o dono da Insinuante.
Ponto Frio e Extra oferecerão descontos de até 30% enquanto durarem os estoques.

JOIA RARA

A operação brasileira da Tiffany & Co mudou de direção. O novo gerente-geral da marca no Brasil é Sandro Fernandes, 37, que fica responsável pelos aspectos de vendas em varejo e pela operação da joalheria no país. Fernandes tem experiência de 12 anos no Grupo Jereissati e desde 2007 ocupava o cargo de gerente-geral do shopping Iguatemi SP. O executivo assume o lugar de Patricia Assui, que acaba de deixar a Tiffany & Co para comandar a chegada da grife Diane von Furstenberg no Brasil, que abre sua primeira loja na América Latina, no shopping Iguatemi, em SP.

FIAÇÃO NA SAÚDE

A Driller, fabricante de equipamentos e peças para as áreas médica e odontológica, está ampliando seu parque industrial. A empresa quer dobrar a produção para poder atender a demanda e conquistar mercado externo. "A China chegou a nos pedir 700 equipamentos ao mês, mas não tínhamos como produzir", diz a sócia Ruth Khairallah. Hoje, a empresa fabrica cerca de 600 equipamentos por mês, entre motores elétricos usados por dentistas e equipamentos cirúrgicos. O novo parque industrial, que está sendo construído na Granja Viana (região da Grande São Paulo), amplia as instalações da empresa de 1.200 m2 para 4.000 m2 e deve começar a operar em outubro. A Driller acaba de receber da Finep a aprovação de recursos para iniciar um projeto de pesquisa e desenvolvimento para produzir agulhas usadas em biópsias.

25 DE MARÇO
Para comemorar os 145 anos da rua 25 de Março, a Univinco (associação dos lojistas) e o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade farão uma festa amanhã. Sete bases móveis para os policiais que atuam na região serão entregues. Desde dezembro, a Polícia Militar passou a fiscalizar os espaços públicos na região.

CADEIRAS
O gerente-geral da Chemtech, Daniel Moczydlower, assume a posição de presidente da empresa.

NA PRAIA
A Lello, de administração de condomínios, abriu filial na Riviera de São Lourenço, em Bertioga. A meta é ganhar mercado no litoral.



Banco público ainda é quem puxa o crédito

O crédito em geral cresceu 0,8%, muito pouco em comparação ao aumento registrado nos bancos públicos, segundo Márcio Percival, vice-presidente da Caixa Econômica Federal.
No banco, a expansão em fevereiro foi de 4,3%. Os empréstimos de pessoa jurídica cresceram 4,6% no mês.
Na pessoa física, a alta foi de 2,3%. O crédito para habitação subiu 4,4%. Apenas neste primeiro trimestre do ano, até anteontem, foram financiados R$ 10 bilhões. A Caixa diz que ainda não fechou dados de inadimplência em fevereiro.
"Mas a inadimplência continua caindo, em linha com a do mercado que recuou 5.3%", segundo Percival.


com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK


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