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EUA querem que 90% tenham
acesso em casa
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
No papel, o plano americano de banda larga, anunciado
pela Comissão Federal de
Comunicação dos EUA
(FCC) na semana passada,
promete levar os EUA a ser o
número um nessa área no
mundo em uma década. Para
seus críticos, porém, ele não
é ambicioso o suficiente e
ainda ameaça a sobrevivência de setores privados tradicionais de telefonia.
Nos EUA, segundo o FCC,
200 milhões de americanos
têm acesso à banda larga em
casa -quase 66%. O plano
propõe como meta chegar a
90% dos americanos. Também quer redefinir a banda
larga no país, para sair da velocidade média nominal de 8
Mbps/segundo (em países
como a França, a média é 51
Mbps/ segundo) para a velocidade real de 100 Mbps/segundo para downloads e 50
Mbps/ segundo para uploads
até 2020.
Ao menos 100 milhões de
americanos deverão receber
essas velocidades até 2020,
de acordo com a meta anunciada. Além disso, toda comunidade deverá ter acesso
a preços populares à banda
larga de 1 Gbps para instituições como escolas, hospitais
e prédios governamentais.
O FCC estima em US$ 350
bilhões a promoção da cobertura universal de banda
larga a 100 Mbps/segundo
para todo o país e em US$ 12
bilhões a US$ 25 bilhões para
a parte inicial do projeto. Por
enquanto, o investimento
em infraestrutura para banda larga já autorizado pelo
plano de estímulo econômico do presidente Barack
Obama é de US$ 7,2 bilhões
-mais alto investimento público no setor do mundo.
Para o FCC, a expansão da
banda larga é necessária para
o uso de novas descobertas
nas áreas de medicina, educação, participação civil e
energia, além do potencial
para desenvolvimento econômico. Especialistas estimam que cada dez pontos
percentuais em aumento da
penetração da banda larga
adiciona 1,3% ao PIB de um
país desenvolvido e 1,21% para um país de renda baixa ou
média.
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