São Paulo, quarta-feira, 24 de março de 2010

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EUA querem que 90% tenham acesso em casa

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

No papel, o plano americano de banda larga, anunciado pela Comissão Federal de Comunicação dos EUA (FCC) na semana passada, promete levar os EUA a ser o número um nessa área no mundo em uma década. Para seus críticos, porém, ele não é ambicioso o suficiente e ainda ameaça a sobrevivência de setores privados tradicionais de telefonia.
Nos EUA, segundo o FCC, 200 milhões de americanos têm acesso à banda larga em casa -quase 66%. O plano propõe como meta chegar a 90% dos americanos. Também quer redefinir a banda larga no país, para sair da velocidade média nominal de 8 Mbps/segundo (em países como a França, a média é 51 Mbps/ segundo) para a velocidade real de 100 Mbps/segundo para downloads e 50 Mbps/ segundo para uploads até 2020.
Ao menos 100 milhões de americanos deverão receber essas velocidades até 2020, de acordo com a meta anunciada. Além disso, toda comunidade deverá ter acesso a preços populares à banda larga de 1 Gbps para instituições como escolas, hospitais e prédios governamentais.
O FCC estima em US$ 350 bilhões a promoção da cobertura universal de banda larga a 100 Mbps/segundo para todo o país e em US$ 12 bilhões a US$ 25 bilhões para a parte inicial do projeto. Por enquanto, o investimento em infraestrutura para banda larga já autorizado pelo plano de estímulo econômico do presidente Barack Obama é de US$ 7,2 bilhões -mais alto investimento público no setor do mundo.
Para o FCC, a expansão da banda larga é necessária para o uso de novas descobertas nas áreas de medicina, educação, participação civil e energia, além do potencial para desenvolvimento econômico. Especialistas estimam que cada dez pontos percentuais em aumento da penetração da banda larga adiciona 1,3% ao PIB de um país desenvolvido e 1,21% para um país de renda baixa ou média.


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