São Paulo, quarta, 24 de março de 1999

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa de Nova York cai 2,2%, e a de SP, 1,%

da Reportagem Local

A Bolsa de Valores de Nova York teve ontem queda de 2,2%, a maior desde o dia 14 de janeiro. O índice Dow Jones, das ações mais negociadas, fechou a 9.671,83 pontos, longe dos 10.000 que já chegou a atingir.
Os temores de que empresas grandes, como a Coca-Cola e a Dell Computer, tenham redução no faturamento e no lucro provocaram vendas fortes de ações.
As ações da Coca-Cola despencaram após a Merril Lynch reduzir suas estimativas de ganho da empresa para o primeiro trimestre e para o ano por causa das vendas menores fora dos EUA, principalmente na América Latina.
Também em São Paulo, a Bolsa de Valores fechou em baixa, de 1,04%. "O movimento faz parte de uma realização de lucros normal e saudável", diz Marcelo Guterman, analista do Lloyds Asset Management. Realizar lucros significa vender as ações após uma alta em seus preços.
Em dólar, a Bolsa de São Paulo ainda apresenta uma pequena alta no ano, de 0,26%.
As ações PN (sem direito a voto) do Banespa foram destaque. Ficaram em quinto lugar no ranking das mais negociadas e tiveram alta de 4,41%, a maior entre as dez mais negociadas. O banco teve lucro de R$ 160 milhões em fevereiro, após o prejuízo de janeiro, e está para ser privatizado.
No mercado de câmbio, nem Banco Central nem Banco do Brasil atuaram ontem. O volume negociado foi pequeno, cerca de US$ 800 milhões, contra os US$ 2 bilhões da média do mercado.
As empresas que têm dívidas externas em eurobônus vencendo no final do mês não foram ao mercado de câmbio comprar dólar. A Sabesp, por exemplo, com US$ 275 milhões vencendo no dia 29, anunciou que vai lançar debêntures no mercado interno, captar em reais, para levantar os recursos para pagar a dívida externa.
Também não houve movimento forte de venda. Foi notada a presença de exportadores de soja. No final, o dólar comercial ficou oscilando entre R$ 1,845 e R$ 1,855, para fechar a R$ 1,85, a mesma cotação de ontem e da sexta-feira.
O Banco Central atuou no over, o mercado por um dia, em movimento de ajuste das taxas de juros. Tomou empréstimo a 44,99% ao ano, às 9h19, e a 44,90%, às 9h45. Quer manter as taxas em torno de 45%. (CRISTIANE PERINI LUCCHESI)


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