|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governo quer maior oferta em banda larga
Acesso à internet rápida é parte das diretrizes que ministério enviará à Anatel sobre políticas públicas de telecomunicações
Agência reguladora já
analisa mudanças do
marco legal do setor que
permitirão a compra da
Brasil Telecom pela Oi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério das Comunicações deverá publicar no "Diário
Oficial" da União, nos próximos dias, portaria definindo diretrizes para implementação
de políticas públicas em telecomunicações.
O objetivo do documento é
orientar a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações),
que está em processo de analisar mudanças do marco legal
do setor e permitir a compra da
BrT (Brasil Telecom) pela Oi
(ex-Telemar).
A portaria do ministério estabelecerá 13 itens que deverão
ser seguidos pela agência reguladora nas ações de implementação das políticas públicas
-ou seja, na elaboração de novas regras para o setor. A primeira diretriz que consta na
minuta da portaria é "ampliar a
oferta de serviços para o acesso
à internet por meio de banda
larga".
O item 12 da portaria dá uma
pista do que o governo pretende fazer para contornar eventuais problemas de concorrência que a concentração do mercado poderá trazer. O governo
orienta a agência a "estabelecer
um modelo de competição que
favoreça o compartilhamento
de redes". Ou seja, as grandes
operadoras que surgirão do
processo de consolidação do
setor serão deverão ser obrigadas a oferecer sua rede a outras
empresas, para que haja mais
competidores no mercado.
O governo também quer que
a agência reguladora assegure
"a competição e a concorrência
na exploração de serviços, de
modo a proporcionar os benefícios aos usuários em termos de
preço e qualidade". O ministério também irá orientar a Anatel a "criar ambiente favorável
ao surgimento e fortalecimento de novos prestadores de serviços de telecomunicações de
pequeno e médio porte".
Os demais itens são mais genéricos e tratam da ampliação
do acesso aos serviços de telecomunicações e da proteção ao
usuário.
BrT e Oi
Em fevereiro, o Ministério da
Comunicações já havia enviado
à Anatel documento propondo
o fim das restrições legais que
impedem que uma concessionária de telefonia fixa compre
outra. A medida é o primeiro
passo concreto para permitir a
compra da BrT pela Oi.
No documento, o governo fez
duas recomendações à agência:
1) que sejam suprimidos do
PGO (Plano Geral de Outorgas,
decreto que divide o país em
áreas de atuação entre as empresas) os artigos que não permitem que uma concessionária
de telefonia fixa compre outra;
2) que sejam revistas todas as
"restrições regulatórias" que
impedem que uma mesma empresa ofereça pacotes "convergentes", ou de múltiplos serviços (voz fixa, voz móvel, dados e
TV paga, entre outros).
Consulta pública
A Anatel ainda está analisando as mudanças, mas já sinalizou que deverá atender ao ministério. A agência reguladora
deverá colocar em consulta pública documento propondo as
alterações. Depois da consulta,
analisará as contribuições e enviará sua versão final ao ministério.
Os grupos Andrade Gutierrez e La Fonte serão os principais controladores da nova tele.
O valor do negócio gira em torno de R$ 8 bilhões.
Texto Anterior: Imposto de Renda / Serviço Folha-IOB Próximo Texto: Brasil precisará de 332 novos aviões até 2026, afirma Airbus Índice
|