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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Câmara Venezuela-Brasil faz crítica à CNI
O presidente da Federação
de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela-Brasil, José
Francisco Fonseca Marcondes
Neto, divulga hoje uma carta
criticando a posição da CNI
(Confederação Nacional da Indústria) sobre a adesão da Venezuela ao Mercosul. No documento, afirma que atrasar ou
negar a entrada do país ao bloco
prejudicará os exportadores
brasileiros com a perda da
oportunidade de se consolidarem no mercado venezuelano e
até com aumentos tributários.
Na última quinta-feira, diversas entidades, entre elas a
CNI, participaram de audiência
pública no Senado para discutir
o protocolo de adesão do país
ao Mercosul, que está em análise para votação.
Durante a reunião, o diretor-executivo da CNI, José Augusto Fernandes, solicitou resultados pendentes do grupo de trabalho do Mercosul que avalia o
tema, como o cronograma de
implementação do livre comércio. Na reunião, o Senado aprovou um requerimento que pede
ao Ministério das Relações Exteriores informações detalhadas sobre prazos e compromissos que envolvem a entrada do
país ao bloco.
Fernandes disse à Folha que
a CNI não é contra a entrada da
Venezuela ao Mercosul. O que
a entidade não concorda é com
o "fato de o setor privado não
ter clareza sobre a qualidade do
acordo". "Não estamos discutindo apenas a adesão da Venezuela, mas como serão as regras para a entrada de próximos candidatos ao bloco."
Para Marcondes, essas pendências não deveriam ser consideradas um obstáculo para a
aprovação do protocolo.
"Recusar ou adiar a inclusão
da Venezuela no Mercosul significa desperdiçar a oportunidade brasileira de ampliar mercados no continente, permitir a
ocupação de um mercado importante por um concorrente
como a China e colocar em risco o espaço já conquistado nos
últimos anos pelo Brasil em um
ano de crise financeira", diz
Marcondes, na carta.
Ele relembra também que, se
o protocolo de adesão não for
aprovado até janeiro de 2011,
os exportadores brasileiros vão
perder benefícios tributários
concedidos em acordo assinado em 2004 (veja ao lado). Se
isso ocorrer, a tarifa para exportação de veículos à Venezuela, por exemplo, aumentará
dos atuais 23% para 35%.
As exportações à Venezuela
atingiram US$ 878 milhões no
primeiro trimestre deste ano.
ENTRE OS DEDOS
Daniel Pi, da Trapiche, exportadora de vinhos da Argentina, está no Brasil, a convite da Interfood, para lançar o vinho Manos, varietal de Malbec, elaborado com uvas de vinhas de mais de 40 anos. A uva é esmagada manualmente, entre os dedos.
Polpa e semente são desprezadas e o que vai para fermentação é a casca. Sai por
R$ 407 a garrafa de 750 ml.
AFRICANO
O escritório de advocacia TozziniFreire e o português
PLMJ expandem sua parceria no atendimento a clientes e
na troca de experiências para Angola e Moçambique. Segundo Darcy Teixeira Júnior, sócio do TozziniFreire, o
PLMJ possui unidade nesses países e buscou o apoio do
escritório para atender principalmente as empresas brasileiras que atuam na região. Os setores com maior concentração de empresas brasileiras em Moçambique e Angola
são construção, petroquímico, mineração e energia, diz.
TURISTA
O Brasil vai sediar a nona
WTTC Conferência Global
sobre Viagens e Turismo
2009, a ser realizada pelo
World Travel & Tourism
Council em parceria com o
Ministério do Turismo, o governo de Santa Catarina e a
Embratur, em maio, em Florianópolis. Na pauta, impactos do turismo sustentável
na economia e contribuições
do setor contra a crise.
SEM EMPREGO
A Omint, especializada em planos de saúde de alto padrão, quer aproveitar a crise para ampliar em 40% o número de consultores de vendas de seus planos, atraindo
executivos de altos cargos que perderam emprego. A ideia
é aproveitar para buscar profissionais qualificados que já
têm rede de contatos. "Isso ocorreu comigo em outro momento. Fui demitida e não conseguia me recolocar", diz
Cristina Chuquer, que faz gestão do canal de vendas.
FORNECEDOR
A Usiminas vai lançar um
programa de valorização dos
fornecedores locais nas
principais regiões onde atua.
Em SP, só 3% das compras
realizadas no Estado são feitas na cidade de Cubatão, onde fica uma das usinas da
empresa, que quer aumentar
o índice e movimentar a economia local, com a compra
de artigos de escritório, material de segurança, mecânica e elétrica. Deve ser criada
uma estrutura de facilitação
do processo de cadastramento de empresas.
AÇO
A ArcelorMittal Vega espera retorno financeiro de
cerca de R$ 1,9 milhão no
próximo ano ao promover o
uso de embalagens de plástico corrugado para transportar suas bobinas laminadas a
frio e galvanizadas. A utilização do material evita danos,
como a oxidação do aço.
VENTILADOR
A Spirit, de ventiladores de
teto, planeja entrar no mercado americano neste ano.
Mesmo com a crise, a empresa vê potencial de vendas nos
EUA, que têm um mercado
cinco vezes maior que o brasileiro para o produto.
URNA ELETRÔNICA
A Winbros, empresa de
Wilson Brumer, ex-presidente da Vale e da Acesita,
adquiriu 6% da Probank.
Brumer terá assento no
Conselho de Administração,
que será presidido por Helon
Esteves, da família fundadora da empresa. Um novo presidente está sendo procurado. A Probank é responsável
pelas eleições eletrônicas
brasileiras.
TROPICAL
O número de viajantes do
Brasil que visitaram a República Dominicana subiu de
5.091, em 2003, para 14.609,
em 2008, crescimento de
186%. O aumento da oferta
de voos ao destino caribenho
contribuiu para o resultado,
segundo Nodalia Arias, diretora do Escritório da República Dominicana no Brasil.
NA ESCOLA
Fabio Barbosa (Febraban)
será o paraninfo da segunda
turma de formandos de administração da Faculdade
Zumbi dos Palmares, que
tem 87% de seus alunos que
se declaram afrodescendentes. Em 2008, a formatura da
primeira turma teve o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva como patrono.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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