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Governo insiste em que reajuste do INSS será de só 6,14%
Motivo é falta de consenso no Congresso para dar 7%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo voltou a radicalizar e insiste em manter em
6,14% o reajuste do aposentados com benefício acima de um
salário mínimo. A avaliação é
que a falta de consenso no Congresso em torno do acordo para
elevar o aumento para 7% inviabilizou essa proposta, levando o governo a endurecer mais
uma vez a negociação.
Ontem, o presidente Lula
reuniu vários ministros para
discutir o assunto. De acordo
com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais),
os congressistas vêm a cada dia
apresentando uma nova proposta, o que deixou evidente a
falta de acordo em relação ao
percentual de 7%.
"Ficou claro que não existe
mais consenso. Assim, o governo mantém os 6,14% que estão
previstos na medida provisória", disse ele. Segundo relato
de Padilha, na reunião o ministro da Previdência, Carlos
Eduardo Gabas, afirmou que o
Brasil foi o único país a conceder aumento real para os aposentados neste ano pós-crise.
Padilha disse que voltará a
discutir o assunto na próxima
semana com os líderes da base
aliada e afirmou que o governo
espera que o Congresso tenha
"sensibilidade" para compreender os limites orçamentários.
Há dez dias, ministros envolvidos na negociação já tinham
declarado que o governo não se
comprometeria com reajuste
além dos 6,14% concedidos em
janeiro. As afirmações foram
uma resposta ao rompimento
de acordo costurado na Câmara
entre a base aliada e o governo
para elevar o índice para 7%.
Depois de acertar esse reajuste com os deputados da bancada governista, o Executivo foi
surpreendido pelos partidos
aliados no Senado, que defenderam aumento de 7,71%.
Com a rebelião entre os senadores, os deputados também
passaram a reivindicar esse índice. À revelia do governo, a base aliada e a oposição anunciaram o apoio ao percentual mais
elevado, de 7,71%.
Nos últimos dias, o líder do
governo na Câmara, Cândido
Vaccarezza (PT-SP), chegou a
propor um reajuste escalonado, mas o Executivo descartou
a possibilidade, argumentando
dificuldades jurídicas em levar
a alternativa adiante.
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