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Mantega quer meta de IPCA menor
JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), Guido Mantega, defendeu ontem a flexibilização da meta inflacionária para
2007 e o fim da escalada dos juros
básicos. As declarações foram feitas durante palestra a um grupo
de empresários na sede do Ciesp
(Centro das Indústrias do Estado
de São Paulo).
Para Mantega, as pressões inflacionárias na economia brasileira
não serão domadas apenas com
juros altos. Isso porque elas, em
boa medida, vêm dos preços administrados e das commodities.
Preços administrados são fixados pelo governo (tarifas de luz e
combustíveis, por exemplo).
Commodities são produtos em
estado bruto cujo preço flutua
com o mercado internacional.
"Tenho certeza de que o CMN
terá a sensibilidade de levar em
consideração uma flexibilização
maior [da meta]", disse Mantega.
A responsabilidade pela fixação
da meta de inflação é do CMN
(Conselho Monetário Nacional).
No dia 15, reportagem da Folha
revelou que o CMN deve manter a
meta de 4,5% para 2006 e fixar o
mesmo alvo para 2007.
Quanto aos juros básicos, hoje
em 19,75% ao ano, Mantega reconheceu que podem atrapalhar a
expansão da economia. Mantega
disse que o juro está "próximo do
máximo" e esperar "que estejamos próximos" do dia em que o
BC concluirá o ajuste monetário.
As declarações soaram positivamente para os empresários. O
presidente do BNDES foi confrontado com críticas aos bancos,
que dificultariam os repasses do
BNDES ao setor produtivo. Afinado, Mantega disse estar conversando com o BC para "a moralização desse tipo de coisa".
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