São Paulo, terça-feira, 24 de maio de 2005

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Mantega quer meta de IPCA menor

JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Guido Mantega, defendeu ontem a flexibilização da meta inflacionária para 2007 e o fim da escalada dos juros básicos. As declarações foram feitas durante palestra a um grupo de empresários na sede do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
Para Mantega, as pressões inflacionárias na economia brasileira não serão domadas apenas com juros altos. Isso porque elas, em boa medida, vêm dos preços administrados e das commodities.
Preços administrados são fixados pelo governo (tarifas de luz e combustíveis, por exemplo). Commodities são produtos em estado bruto cujo preço flutua com o mercado internacional.
"Tenho certeza de que o CMN terá a sensibilidade de levar em consideração uma flexibilização maior [da meta]", disse Mantega.
A responsabilidade pela fixação da meta de inflação é do CMN (Conselho Monetário Nacional). No dia 15, reportagem da Folha revelou que o CMN deve manter a meta de 4,5% para 2006 e fixar o mesmo alvo para 2007.
Quanto aos juros básicos, hoje em 19,75% ao ano, Mantega reconheceu que podem atrapalhar a expansão da economia. Mantega disse que o juro está "próximo do máximo" e esperar "que estejamos próximos" do dia em que o BC concluirá o ajuste monetário.
As declarações soaram positivamente para os empresários. O presidente do BNDES foi confrontado com críticas aos bancos, que dificultariam os repasses do BNDES ao setor produtivo. Afinado, Mantega disse estar conversando com o BC para "a moralização desse tipo de coisa".


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