São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2007

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CHINA

EUA não avançam na discussão sobre valorização do yuan

DA REDAÇÃO

Após dois dias de negociação na China, os EUA não conseguiram avançar muito naquela que é a sua principal reclamação com o governo de Pequim: a valorização do yuan, a moeda local.
Ao final do encontro, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, afirmou que não foi conseguido nenhum avanço substancial sobre o tema, mas que as lideranças chinesas vêem "claramente" a necessidade de maior flexibilidade no câmbio.
A moeda chinesa se valorizou em mais de 8% nos últimos dois anos e, na semana passada, o governo ampliou a margem na qual o yuan pode flutuar em relação ao dólar. Para Paulson, porém, Pequim deve "se mexer mais rapidamente" em relação à sua moeda.
O secretário americano disse que a mudança da semana passada é positiva, mas que mais é preciso ser feito. "Nós apresentamos o nosso caso, eles ouviram e estão mexendo no renminbi [como o yuan também é conhecido na China]."
Já o presidente do Banco Popular da China, o banco central do país asiático, Zhou Xiaochuan, disse que o governo pretende ampliar a flexibilidade do câmbio de sua moeda. Ele afirmou que, embora o yuan tenha sido mencionado nas discussões, o formato do encontro não permitiu a realização de debates detalhados.
Segundo o governo americano, a moeda chinesa é mantida subvalorizada, favorecendo as exportações asiáticas e prejudicando as exportações americanas.
A China tem registrado superávits consecutivos nas relações comerciais com os EUA. No ano passado, os chineses exportaram US$ 232,5 bilhões a mais do que importaram dos americanos.
Os principais avanços nas negociações dos últimos dois dias foram em relação à maior abertura dos mercados de aviação e bancário da China para empresas americanas. Pelo acordo, as empresas aéreas dos EUA poderão fazer 23 vôos diários para a China em 2012 -atualmente, elas realizam dez.


Com agências internacionais

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