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Regra deveria valer no país todo, diz Fiesp
DA REPORTAGEM LOCAL
O pagamento antecipado do ICMS -a substituição tributária- deveria
ser exceção, e não regra, do
sistema tributário paulista. E, para funcionar bem,
o regime deveria ser adotado em todo o país, dizem
representantes da Fecomercio SP e da Fiesp (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo).
"A substituição tributária tem causado problemas para alguns setores.
Mas toda nova sistemática
de cobrança de imposto
gera dúvidas, até que todo
mundo se adapte", diz Romeu Bueno de Camargo,
assessor jurídico da Fecomercio SP.
Em reunião de representantes da indústria, do
comércio e da Fazenda
paulista, na semana passada, para discutir a adoção
da substituição tributária,
segundo Camargo, foi citado o fato de empresas atacadistas paulistas estarem
saindo do Estado por conta dos efeitos da substituição tributária.
Também foi discutido o
impacto dessa fuga na atividade econômica do Estado. "A Fazenda tem essas informações e entende
que não vai valer a pena
para as empresas sair de
São Paulo. Mais: afirma
que vai punir aqueles que
rasgam notas e não pagam
impostos de produtos vindos de outros Estados."
Um dos principais problemas causados com a
substituição tributária, segundo Camargo, é a discrepância dos preços, ao
consumidor, que servirão
de referência para a cobrança do ICMS antecipadamente. "Alguns setores
estão reclamando, como o
de material de construção,
porque trabalham com
muitos itens."
Segundo Helcio Honda,
diretor titular do Departamento Jurídico da Fiesp,
as distorções causadas no
recolhimento do ICMS,
após o regime de substituição tributária ter sido
ampliado para vários produtos, só serão resolvidas
com a adoção desse sistema em todo o país.
"Uma indústria de outro
Estado só vai recolher o
ICMS, sem ter de agregar
nada. Por isso, o preço final do seu produto será
menor. Não somos contra
a substituição tributária.
Mas a forma como ela é
feita causa distorções."
Ele avalia que a Fazenda
tem dificuldade para fiscalizar as empresas. "E muitos atacadistas estão saindo de São Paulo por causa
disso. A Fiesp tem pedido
para a Fazenda uma fiscalização forte."
(FF e CR)
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