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Maior problema das operadoras é ligação noturna
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma das principais metas que
as operadoras de telefonia não estão cumprindo é a conclusão das
chamadas de longa distância no
período noturno.
A Anatel estabeleceu que nos
meses de 2001 pelo menos 60%
dessas ligações deveriam ser completadas. A taxa passou para 65%
em 2002, dentro da política da
agência de exigir mais rigor, ao
menos teoricamente, no cumprimento de qualidade dos serviços
neste ano.
Muitas operadoras não cumpriram o compromisso tanto em
2001 como em 2002. Em março do
ano passado, por exemplo, a média das metas de qualidade das
operadoras do país para esse quesito foi de 56,13%. Abaixo, portanto, do mínimo de 60% determinado pela agência.
Naquele mês, a Embratel atingiu uma taxa de 57,67%, e a Intelig, de 53,19%. A Telerj (operadora da Telemar) ficou com um índice de 50,88%, a Telefônica, com
55,88%, e a Brasil Telecom chegou a uma taxa de 57,92%. Todas
abaixo do compromisso que firmaram com a Anatel.
A diferença entre uma meta estabelecida pela Anatel e aquelas
efetivamente praticadas pelas
operadoras pode ser de poucos
pontos percentuais. "Mas de
qualquer maneira as empresas
não estão honrando seus compromissos, que é seu dever", afirma Virgilio Freire, da consultoria
Brisa.
Segundo ele, as falhas na conclusão das ligações noturnas podem estar relacionadas ao crescimento do uso das linhas residenciais para a internet. O maior tempo gasto pelas pessoas nas ligações que fazem de suas casas a
amigos e parentes também deve
congestionar o sistema.
Falhas incessantes
A Embratel e a Intelig não cumpriram as metas de qualidade nas
ligações nacionais de longa distância no período noturno em nenhum dos 14 meses incluídos no
levantamento de qualidade da
consultoria Brisa.
A vice-presidente de assuntos
externos e serviços locais da Embratel, Purificación Carpinteyro,
afirma que o problema não tem a
ver com a estrutura operacional
de sua empresa, mas com as linhas das operadoras regionais.
"As operadoras regionais precisam de mais linhas para podermos completar melhor o serviço.
Existe um congestionamento nas
redes locais", afirma Carpinteyro.
O problema ocorre em proporção um pouco menor nas chamadas internacionais noturnas. A
Anatel exigiu em 2001 também
um índice mínimo de 60% de
chamadas completadas e de 65%
em 2002.
A Intelig conseguiu atingir as
metas estabelecidas pela agência
somente em 4 dos 16 meses. A
Embratel teve uma performance
melhor. Esteve dentro dos padrões determinados pela Anatel
em dez meses do período da pesquisa.
(LV)
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