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MERCADO ABERTO
Economia está mais forte, diz analista
O não-contágio da crise política nos mercados financeiros desde a eclosão dos casos de corrupção, em maio,
indica que a economia brasileira
está mais preparada para receber
choques do que no passado recente. A análise é de Celso Toledo, da MCM Consultores.
Ele lembra que, nos últimos
meses, "os mercados têm absorvido com relativa tranqüilidade
eventos que costumavam provocar maior volatilidade", caso dos
"choques" do petróleo desde o
ano passado, da montanha-russa
na relação entre o dólar e o euro e
das incertezas com o rumo da
política monetária americana.
Essa "indiferença" dos mercados em relação ao que se passa
no mundo e em Brasília não deriva de irracionalidade, afirma Toledo. Ele defende que a economia
brasileira progrediu e cita fatores
como o abandono do câmbio fixo ou controlado, a adoção de
metas de inflação, avanços nas
reformas estruturais e, principalmente, amadurecimento institucional, exemplificado com a
transição eleitoral de 2002.
Segundo ele, quando o debate
se atém ao curtíssimo prazo, é
possível questionar se o juro subiu demais ou se o sistema de
metas deveria ser aperfeiçoado.
Mas, quando se abandona o curto prazo, afirma, "é forçoso reconhecer que o país se beneficia de
uma inflação controlada".
Embora considere relevante
avaliar se o estrago causado pelos
juros elevados sobre a oferta
agregada foi excessivo, Toledo
diz que nem tudo é ruim nos últimos dados. Ele exemplifica que,
em abril, a construção civil consolidou um movimento de retomada na margem, enquanto as
importações de bens de capital
encontram-se em patamar significativamente superior ao de
2004. "É precipitado dizer, com
base nos indicadores existentes,
que a economia vai parar."
RAÇÃO DO ORIENTE
A sul-coreana CJ Corporation
escolheu Piracicaba, no interior
de São Paulo, para investir US$
500 milhões em uma fábrica de
insumos para ração animal. A
escolha se deve ao acesso à infra-estrutura e à matéria-prima. A
primeira etapa da fábrica deve
entrar em operação em 2007.
PRORROGADO
Com algumas mudanças, o
BNDES aprovou ontem, em
reunião de diretoria, a prorrogação até 31 de dezembro do
programa de financiamento
de capital de giro, o Progeren,
lançado em julho do ano passado e cuja extinção estava
prevista para 30 de junho. O
programa só se destina agora
às micro (faturamento anual
de até R$ 1,2 milhão), pequenas (de até R$ 10 milhões) e
médias empresas (até R$ 60
milhões). As microempresas
terão direito a um empréstimo
de, no máximo, R$ 100 mil, as
pequenas, R$ 500 mil, e as médias, R$ 4 milhões. Para terem
acesso aos recursos, as companhias precisam se comprometer a aumentar a produção e o emprego. Caso consigam, os
juros serão de 4,5% ao ano. Se
não conseguirem, os juros passam a 9% ao ano.
CONTRARIADO
Antonio Palocci (Fazenda)
nega, mas não ficou nada satisfeito com a escolha de Dilma
Rousseff para a Casa Civil.
LUZ RESPONSÁVEL
Um estudo da CBIEE (Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica), com
base em dados de geradoras e
distribuidoras, foi reunido em
livro. "Responsabilidade Social e os Investidores Privados
no Setor Elétrico - Uma Metodologia de Gestão Sustentável dos Investimentos Sociais"
acaba de ser lançado.
PRÊMIO RECICLADO
A AmBev vai lançar um prêmio nacional de reciclagem. Serão contempladas iniciativas de
reaproveitamento de materiais.
Entre as categorias estão obra de
arte, ONG, cooperativa de reciclagem, trabalho estudantil e reportagem. A premiação deve
ocorrer no segundo semestre.
ASSUNTO ELÉTRICO
Inadimplência e furto de energia serão discutidos em encontro
da Abradee (distribuidoras) e da
Escola Paulista de Magistratura,
na próxima semana, em São
Paulo. Jerson Kelman (Aneel),
Erenice Guerra (Minas e Energia) e Luiz Carlos Guimarães
(Abradee) foram convidados.
NO AMAZONAS
O luxuoso barco-hotel Grand
Amazon, do grupo espanhol Iberostar, vai levar 200 turistas para
conhecer a região Norte do país,
com o patrocínio da Coca-Cola.
A empresa apóia o Festival Folclórico de Parintins, que começa
hoje. A festa envolve recursos superiores a R$ 3,5 milhões.
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