DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A inflação medida pelo IPCA-15 recuou para 0,12% em junho, o menor patamar desde julho de 2003. Em maio, o índice havia apurado alta de 0,83%. De acordo com o IBGE, a desaceleração foi generalizada.
Segundo o economista da Fecomércio-RJ, João Carlos Gomes, o resultado é conseqüência do recuo nos preços dos alimentos, da valorização do real e da queda nos combustíveis, em razão da safra favorável de cana-de-açúcar.
O principal impacto individual negativo no mês, de -0,1 ponto percentual, veio do álcool combustível. O litro do álcool ficou em média 9,51% mais barato.
Itens de peso no orçamento das famílias também mostraram queda de preços, como arroz (-3,66%), frutas (-4,34%) e hortaliças (-5%). O grupo alimentação e bebidas passou de 0,84% em maio para 0,04% em junho.
Produtos que contribuíram para pressionar a taxa em maio tiveram aceleração mais modesta. Os remédios passaram para 0,16% e os eletrodomésticos, para 0,98%.
O IBGE destaca que a ausência de reajustes significativos nos preços administrados contribuiu para a inflação mais baixa. Gomes estima que o IPCA de junho fique em torno de 0,05% e que a inflação anual fique abaixo de 6%.
O IPCA-15 funciona como prévia do IPCA, que baliza as metas de inflação do BC. A diferença entre os dois é o período de coleta. (JANAINA LAGE)

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