A diretoria do BNDES aprovou nesta semana um financiamento de US$ 270 milhões para as obras de expansão dos gasodutos TGS (Transportadora Gás Del Sur) e TGN (Transportadora Gás Del Norte).
O crédito será concedido a empresas brasileiras que exportarão bens e serviços para a Argentina destinados à ampliação do gasoduto.
Serão fornecidos tubos de aço, válvulas, unidades compressoras e trabalhos de construção e energia. A Confab e a Odebrecht são algumas das empresas que terão direito ao crédito do BNDES.
Os dois gasodutos ligam o sul (Patagônia) e o norte (Salta) da Argentina à região de Buenos Aires, que concentra mais de 50% do consumo de gás daquele país. A Argentina sofre há dois anos uma crise energética bastante grave, e há até ameaça de faltar gás neste ano se o inverno for rigoroso.
O dinheiro do BNDES vai ajudar a minimizar a crise vivida pela Argentina, com perspectivas até de racionamento de energia elétrica. Na Argentina, o gás também é usado para a geração de energia elétrica.
A importação dos equipamentos das empresas brasileiras será feita pela Ciesa (Companhia de Investimentos de Energia), que pertence à Petrobras, por meio de sua subsidiária argentina Petrobras Energia SA (ex-Perez Companc).
O financiamento aprovado pelo BNDES não foi o primeiro para a ampliação do gasoduto na Argentina. No início do ano passado, o banco concedeu US$ 200 milhões com o mesmo fim. O empréstimo faz parte da política externa do governo de apoio à integração latino-americana.
O projeto de expansão do gasoduto na Argentina prevê investimentos totais de US$ 1,6 bilhão, e as empresas brasileiras esperam participar com US$ 600 milhões.

REFORÇO DE PESO
A Bracelpa (associação brasileira de celulose e papel) decidiu ganhar musculatura e vai anunciar, nos próximos dias, uma ampla reformulação interna que mudará, entre outros setores, o comando da instituição. O conselho da entidade será presidido por Horacio Lafer Piva, da Klabin e ex-presidente da Fiesp. Além dele, o conselho também terá como vices os presidentes da Suzano, da Klabin, da International Paper, da Aracruz e da VCP. O conselho ainda buscará no mercado um executivo para presidir a associação e para cuidar do seu dia-a-dia. A Bracelpa é integrada por 220 empresas em 16 Estados. A associação possui 1,6 milhão de hectares plantados e 2,6 milhões de hectares de florestas nativas preservadas. Além disso, representa empresas que exportam US$ 3,5 bilhões, registram um saldo comercial de US$ 2,6 bilhões e têm US$ 14,5 bilhões de investimentos programados.

BOOM IMOBILIÁRIO
Os investimentos estrangeiros diretos no setor imobiliário atingiram o total de US$ 381 milhões neste ano, de acordo com relatório divulgado pelo Banco Central. O volume mostra uma alta significativa nos ingressos. No mesmo período de 2005 (de janeiro a maio), o volume somava US$ 67 milhões, e, no acumulado do ano passado, os investimentos na atividade imobiliária atraíram US$ 297 milhões. Em relação aos anos anteriores, o incremento é maior. Em 2003, ingressaram US$ 189,2 milhões.

EDUCAÇÃO
Jorge Gerdau Johannpeter falou ontem a cem empresários e especialistas em educação que participam da conferência "Ações de Responsabilidade Social em Educação: Melhores Práticas na América Latina", promovida pelas fundações Lemann e Jacobs e pelo Instituto Gerdau, na Praia do Forte (BA). "Só é possível construir uma democracia se houver igualdade de oportunidades, e isso só acontece por meio da educação", disse o empresário. Entre os ouvintes estavam Jorge Paulo Lemann (InBev), David e Daniel Feffer (Suzano) e Guilherme Peirão Leal (Natura), Paulo Cunha (Grupo Ultra) e Ana Maria Diniz (Pão de Açúcar).

GULA
A Petrobras se inscreveu para disputar terras que abandonou há 40 anos. Trata-se de áreas marginais oferecidas no Maranhão na segunda rodada de licitações de Campos Marginais da ANP, marcada para 29 de junho. Essas licitações seriam dirigidas para pequenas e médias empresas do setor de petróleo.

MELHORES E MAIORES
Com a presença de Guido Mantega (Fazenda), a revista "Exame" promove, na próxima quarta-feira, a 33ª edição anual do prêmio Melhores e Maiores, que homenageia os empresários que mais se destacaram no ano. O evento acontece no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo.

EM FUNCIONAMENTO
Depois de mais de cinco meses paralisado, o alto-forno 3 da CSN, em Volta Redonda (RJ), volta a operar. O equipamento, responsável por aproximadamente 60% da produção total de ferro-gusa da usina, foi totalmente recuperado em tempo recorde pela Usiminas Mecânica, empresa do Sistema Usiminas. O forno havia sido danificado por um acidente ocorrido em 22 de janeiro deste ano.

CONTRAPONTO
Enquanto o comércio de São Paulo sofreu em maio com os ataques do PCC, no Rio ocorreu o contrário. A Copa ajudou o comércio fluminense. Depois de amargar quedas em março (-3,9%) e em abril (-3,0%), o setor de semiduráveis fluminense -vestuário, tecidos, calçados e livrarias, papelarias, materiais para escritório- registrou alta de 0,2% em relação ao mesmo período de 2005. Segundo o Fecomércio-RJ, além da Copa, o Dia das Mães, a segunda data mais importante para o comércio, e a queda de preços também favoreceram.

EM ÓRBITA
O satélite Amazonas, da brasileira Hispamar, conseguiu licença para operar na Argentina. Com isso, passa a cobrir quase todo o continente americano e ganha autorização para atuar no segmento espacial de 30 países. O Amazonas tem 70% de sua capacidade ocupada.

EM FORMA
A American Express acaba de firmar parceria com a rede de academias Companhia Athletica. Pelo acordo, os clientes da operadora de cartões poderão trocar seus pontos do Membership Rewards por mensalidades.

MARCA ENERGIZADA
No livro "Além da Disrupção: Mudando as Regras do Mercado" (editora Meio & Mensagem/Cultrix, 296 págs.), que acaba de ser lançado no Brasil, o autor Jean Marie Dru, presidente e CEO da TBWA, explica a metodologia denominada "disrupção" com o objetivo de ajudar a produzir estratégias de propaganda mais consistentes e que confiram às marcas mais "substância e peso", rompendo o status quo e gerando uma ruptura da marca.


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