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Chevron mira pré-sal e planeja investir US$ 5 bi no Brasil
Petrolífera americana diz ter interesse em explorar campos de águas profundas, mesmo sob novo modelo
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A gigante petrolífera norte-americana Chevron investirá
US$ 5 bilhões nos próximos
anos no desenvolvimento de
cinco campos de petróleo e gás
dos quais é sócia e em novos
projetos que busca na área de
exploração e produção.
Os recursos podem ser destinados também ao pré-sal, desde que o novo marco regulatório em gestação pelo governo
"não seja muito restritivo", segundo o presidente da companhia no Brasil, George Buck.
O executivo disse que a empresa está acostumada a operar
no regime de partilha de produção e que tem interesse nas reservas do pré-sal.
O governo deve anunciar tal
sistema para os campos do pré-sal, em águas profundas. Pelo
modelo, será criada uma empresa 100% estatal que irá subcontratar companhias de petróleo, que receberão uma parcela do óleo produzido em troca da operação dos campos. A
outra fatia fica com o Estado
como forma de remuneração.
Buck disse que a Chevron
avaliará tanto a oportunidade
de negócio de cada uma das
áreas exploratórias como as especificidades do novo marco
regulatório antes de definir
seus investimentos no país.
"Se não ficar muito restritivo
[o novo modelo para o pré-sal],
vamos investir no Brasil. Mas é
importante que não seja muito
restritivo", disse Buck.
O executivo elogiou o atual
modelo de concessões das
áreas de exploração, que, segundo ele, assegurou o crescimento do setor no país.
Buck afirmou ainda não temer a provável migração do
atual sistema para o de partilha
-usado em países como Angola
e Indonésia, onde a Chevron
também produz petróleo. "O
governo vem se posicionando
bem e demonstra ter interesse
em atrair os investimentos."
Com uma produção global de
2,7 milhões de barris de petróleo por dia, a Chevron iniciou
no dia 20 a extração de óleo e
gás no Brasil a partir do campo
de Frade, na bacia de Campos,
que já consumiu investimentos
de US$ 3 bilhões.
Sócia majoritária do projeto
com 51,7%, a petroleira americana tem como parceiras a Petrobras (30%) e um consórcio
japonês (18,3%). A Chevron
opera uma plataforma com capacidade de 100 mil barris/dia
em Frade.
A empresa conta ainda com
participações em mais quatro
concessões de campos na bacia
de Campos -duas operadas pela Petrobras e outras duas pela
Shell, que são responsáveis pela
condução de todas as atividades de exploração e produção
nessas áreas.
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