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MERCADO ABERTO
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
Cai a participação de imóveis financiados
Apesar do atual vigor do mercado imobiliário e da disponibilidade de crédito para o setor, o
Brasil vem sofrendo uma queda
constante na participação dos
imóveis próprios ainda sendo
pagos (financiados) em relação
ao total de domicílios no país.
Em 1995, os imóveis financiados representavam 8% do
total de domicílios das principais regiões metropolitanas do
país. Já em 2004, essa participação caiu para 4,7%.
Segundo estudo elaborado
pela GV Consult para o setor da
construção civil com dados do
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), o número de imóveis próprios no
Brasil cresceu 3,9% ao ano, em
média, entre 1995 e 2004.
No período, os imóveis financiados decresceram a uma taxa
média de 2,3% ao ano. Ao mesmo tempo, os imóveis alugados
aumentaram 2,2% ao ano.
Segundo o economista Euclides Pedrozo, da FGV-SP, dois
fatores podem estar por trás da
diminuição dos financiamentos: a elevação do custo da prestação advinda tanto do aumento dos juros quanto do racionamento do crédito, principalmente entre 1998 e 2001, e a
queda na renda familiar.
A diminuição no financiamento acabou sendo compensada, em grande parte, por uma
maior oferta, a preços menores,
de imóveis alugados.
Entre 1995 e 2004, houve um
crescimento real (acima da inflação) de 29,8% no valor médio das prestações mensais dos
financiamentos. No mesmo período, o valor médio do aluguel
teve queda real de 36,8%.
O estudo mostra ainda que,
enquanto a despesa média com
aluguéis permaneceu constante no período (em torno de 30%
dos gastos médios familiares,
apesar da queda na renda), os
desembolsos com prestações
subiram significativamente.
Em 1995, as despesas com as
prestações de financiamentos
representavam cerca de 12% da
renda domiciliar total. Em
2004, o percentual ficou em
23%. Um ano antes, chegou a
atingir um pico de 26%.
SÉCULO DE LUZ
Uma das maiores empresas do setor de iluminação no
Brasil, a alemã Osram faz cem anos em 2006 e aposta em
novos produtos. Ela investe cerca de 5% do faturamento
em pesquisa, desenvolvimento e criação. Sua mais recente
aposta mundial, e que inclui o Brasil, é um aparelho portátil de iluminação, multifuncional, que comemora o centenário. Quanto à indústria doméstica, o presidente da
Osram no país, Roger Michaelis, avalia que a regulamentação do setor ainda não está consolidada, o que deixa espaço para a entrada de produtos de baixa qualidade.
ALTA FIDELIDADE
O flerte entre a LG e a Blockbuster Brasil deu numa
parceria entre as duas empresas para aumentar a venda
de eletroeletrônicos da LG nas videolocadoras. A Blockbuster, que já vende eletrônicos relacionados a entretenimento doméstico, inclusive de outras marcas, passará a
ofertar exclusivamente os produtos da marca parceira. O
acordo, que tem duração de um ano, também consiste em
ações promocionais que, segundo Eduardo Toni, diretor
de marketing da LG, devem ser lançadas em setembro. A
empresa espera duplicar suas vendas com o novo canal.
DESIGN
Acontece de 16 a 20 de
agosto, no Complexo Ohtake Cultural, a Paralela Gift.
A décima edição da feira de
design terá um andar inteiro
para projetos do Sebrae. A
expectativa é movimentar
R$ 4 milhões. Na última edição da feira, em março, a expectativa de negócios foi superada em 17%.
AVENTURA
Acontece entre os dias 23
e 27 de agosto a oitava edição da Adventure Sports
Fair. Neste ano, 80% dos expositores são pequenas e
médias empresas. A organização espera movimentar
R$ 90 milhões. De acordo
com o Ministério de Turismo, o segmento de aventura
cresce 15% ano ano.
COOPERAÇÃO
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, será
um dos palestrantes da conferência sobre cooperação
ambiental entre Brasil e
EUA, em setembro, em Nova York. Entre os assuntos
que devem ser abordados,
está a busca por fontes alternativas de energia. Cerca de
70 empresários brasileiros
devem participar do evento,
organizado pelo Fórum das
Américas e pela Associação
das Nações Unidas.
DOMINICANA
Uma delegação do governo da República Dominicana se encontra com Paulo
Skaf e empresários brasileiros na Fiesp, na próxima
quinta-feira, para discutir
negócios e investimentos. O
grupo é comandado pelo secretário de Estado e diretor
do Centro de Exportações e
Investimento da República
Dominicana, Eddy Martinez, e pelo embaixador do
país no Brasil, Manuel Morales Lama. São pontos de
atenção setores como a indústria de calçados, a têxtil,
a siderurgia e os transportes.
MODELO BRASILEIRO
Conhecida por trazer para
o mercado de escritórios
corporativos do Brasil o padrão norte-americano, a
Tishman Speyer fará o caminho inverso dentro do segmento de imóveis residenciais. O presidente da companhia no Brasil, Daniel Citron, será consultor do Infinity, empreendimento formado por duas torres de 624
apartamentos, em San Francisco, Califórnia.
PREJUÍZO NO CELULAR
A Vivo teve prejuízo líquido de R$ 493,1 milhões no
segundo trimestre deste
ano, uma perda 175% maior
do que o registrado nos três
primeiros meses do ano e
95,1% maior que o período
de 2005. As fraudes e contestações de ligações foram
citadas pela empresa como
causas do prejuízo.
TENDÊNCIAS
A ESPM promoverá, de 26
a 28 de julho, o Simpósio Internacional de Administração e Marketing, em SP. No
evento serão discutidas as
tendências das economias
emergentes, da internacionalização de empresas brasileiras e sua participação no
mercado global.
CARTÃO ANIMADO
O Banco Real lança seu
primeiro cartão associado à
Disney, batizado de "Cartão
Presente Banco Real Piratas
do Caribe -O Baú da Morte". O plástico terá personagens estampados e poderá
ser adquiridos em três versões: R$ 30, R$ 50 e R$ 100.
O banco espera vender mais
de 100 mil unidades.
AMÉRICA
O presidente do Ohio Port
Autority, Tracy Drake, reúne-se com Paulo Skaf, hoje,
em SP. De terça a sexta, Drake falará para mais de cem
empresários sobre como
usar incentivos do governo
americano para se instalar
no vale do rio Ohio e sobre a
logística para colocar produtos brasileiros nos EUA por
meio das cadeias locais.
justiça
Faltam oficiais em São Paulo, diz associação
Estão faltando oficiais de
Justiça no Estado de São
Paulo, segundo informa Yvone Barreiros Moreira, presidente da associação paulista
que reúne essa categoria profissional.
Existem 8.000 oficiais no
Estado de São Paulo. Nos cálculos da associação, mais
3.600 oficiais precisam ser
contratados já para dar conta
das diligências solicitadas
nos processos que estão na
Justiça.
"Mas não aceito que um
oficial de Justiça leve mais
do que seis meses para achar
uma pessoa para citá-lo em
processo. Eu, quando atuava
como oficial de Justiça, demorei no máximo um mês
para cumprir uma diligência", afirma.
A presidente da Associação dos Oficiais de Justiça do
Estado de São Paulo diz que,
além do excesso de mandados, os oficiais estão tendo de
enfrentar o que ela considera
"uma fraude" nos processos
que estão na Justiça.
"Empresários, latifundiários e até bancos estão pedindo que o processo corra na
Justiça gratuita. O pior é que
os juízes estão liberando isso, o que resulta num excesso de mandados que traz despesas para os oficiais de Justiça, isso é uma verdadeira
fraude", diz.
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