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Entrada de capital leva BC a comprar US$ 62 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O fluxo de capital externo para o Brasil já passou de US$ 7
bilhões neste mês, segundo dado parcial apurado pelo Banco
Central até ontem.
Com isso, o saldo acumulado
no ano chegou a US$ 58,7 bilhões, superando em US$ 21,5
bilhões o valor registrado ao
longo de todo o ano passado.
O chefe do Departamento
Econômico do BC, Altamir Lopes, afirma que o resultado deste mês está sendo puxado principalmente pelo ingresso um
pouco maior do que o normal
de investimentos estrangeiros
e de captações de empréstimos
feitas por empresas privadas no
mercado internacional.
Em investimentos estrangeiros diretos, o Brasil havia recebido, até ontem, US$ 3 bilhões,
valor que deve subir para cerca
de US$ 3,5 bilhões até o final do
mês, de acordo com Lopes. Caso se confirme, o resultado ficará acima da média mensal de
aproximadamente US$ 2 bilhões projetada pelo Banco
Central para 2007.
Empréstimos
Além disso, também de acordo com número parcial fechado
ontem pelo Banco Central, o
setor privado contraiu empréstimos no mercado internacional equivalentes a 448% das
parcelas da dívida que venceram nesse período.
Não foram divulgados os valores, em dólares, desse percentual, mas os números mostram que as empresas instaladas no Brasil não só estão refinanciando empréstimos antigos como também estão assumindo novos compromissos no
exterior, aumentando o fluxo
de capital para o país.
No mês passado, o país captou US$ 2,283 bilhões em empréstimos de longo prazo (com
um vencimento superior a um
ano). O montante equivale a
247% das parcelas que venceram no período. Entre janeiro e
junho, essa taxa de rolagem ficou em 77%.
Graças ao fluxo positivo de
capital externo para o Brasil, o
autoridade monetária continua
a sua política de compra de dólares no mercado de câmbio.
Neste mês, também até ontem,
foram adquiridos cerca de US$
5 bilhões, levando o valor acumulado no ano para US$ 62 bilhões -ao longo de todo o ano
de 2006 foram comprados US$
36,1 bilhões.
Essas compras ajudam a reforçar as reservas em moeda
estrangeira do país, que, desde
o final do ano passado, estão em
nível recorde.
Na sexta-feira passada, segundo o dado mais recente divulgado pelo Banco Central, essas reservas estavam em US$ 153 bilhões -há um ano, estavam em US$ 65 bilhões.
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