São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2008

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Fiesp rejeita pressão dos EUA por acordo setorial

DE GENEBRA

A Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) não aceitará os acordos setoriais para eliminação de tarifas exigidos pelos EUA na Rodada Doha. Esse é um dos temas em que os americanos insistem mais.
"Essa cláusula é um animal colocado na sala pelos Estados Unidos para tirar concessões do Brasil em outras áreas", disse o diretor de negociações internacionais da Fiesp, Mário Marconini, que está em Genebra para acompanhar as negociações.
A cláusula defendida pelos americanos prevê acordos voluntários para reduzir ou até zerar tarifas de importação de alguns setores. A Fiesp considera a medida perigosa, pois poderia desproteger setores sensíveis da indústria brasileira, como os de maior valor agregado.
Um negociador brasileiro confirmou que o tema é prioridade para os americanos. Mas disse que a resposta do Brasil durante as negociações é a de que, como a cláusula é voluntária, não pode se comprometer em nome das indústrias brasileiras. Em troca dos acordos, o país ganharia uma espécie de bônus, que lhe permitiria fazer cortes menores em suas tarifas.
Embora a Fiesp tenha posição contrária, há divisões. Exportadores de madeira e pedras preciosas vêem nos acordos a chance de ganhar mercado. (MN)


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