São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002

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Líder dos correntistas vai ao FMI e ao BID buscar garantia contra calote

DE BUENOS AIRES

Os corredores da sede do FMI (Fundo Monetário Internacional) em Washington, onde costumam passar ministros de Economia e tecnocratas de países com dificuldades e em busca de empréstimos, serão percorridos no próximo mês pelo argentino Nito Artaza, líder dos protestos de correntistas bancários com dinheiro confiscado pelo governo.
Artaza, que antes de assumir qualquer papel político era conhecido na Argentina por seus trabalhos como ator cômico de teatro, será recebido pelo diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, no próximo dia 3 de setembro.
Em sua viagem a Washington, Artaza também deverá se reunir com o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Enrique Iglesias.
O ator, que fundou uma associação chamada Correntistas Bancários Argentinos Fraudados, vai pedir aos executivos dos organismos internacionais garantias de que os depositantes vão receber de volta o dinheiro preso no "corralito" (nome dado pelos argentinos às restrições para saques vigentes desde dezembro).
Artaza percorreu nos últimos meses diversas cidades da Argentina, onde organizou protestos contra o "corralito".

Ovos na Casa Rosada
Ontem, ele e um grupo de correntistas realizaram uma manifestação no centro de Buenos Aires, mas, impedidos por alambrados de se aproximarem da Casa Rosada, atiraram ovos na sede do governo.
Em outras oportunidades, Artaza chegou a se reunir com o presidente Eduardo Duhalde e com membros da equipe econômica. Sua importância política cresceu tanto que o ator costuma ser obrigado a negar que tenha a intenção de se candidatar a algum cargo na próxima eleição. (JS)


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