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Líder dos correntistas vai ao FMI e ao BID buscar garantia contra calote
DE BUENOS AIRES
Os corredores da sede do FMI
(Fundo Monetário Internacional)
em Washington, onde costumam
passar ministros de Economia e
tecnocratas de países com dificuldades e em busca de empréstimos, serão percorridos no próximo mês pelo argentino Nito Artaza, líder dos protestos de correntistas bancários com dinheiro
confiscado pelo governo.
Artaza, que antes de assumir
qualquer papel político era conhecido na Argentina por seus
trabalhos como ator cômico de
teatro, será recebido pelo diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, no
próximo dia 3 de setembro.
Em sua viagem a Washington,
Artaza também deverá se reunir
com o presidente do BID (Banco
Interamericano de Desenvolvimento), Enrique Iglesias.
O ator, que fundou uma associação chamada Correntistas
Bancários Argentinos Fraudados,
vai pedir aos executivos dos organismos internacionais garantias
de que os depositantes vão receber de volta o dinheiro preso no
"corralito" (nome dado pelos argentinos às restrições para saques
vigentes desde dezembro).
Artaza percorreu nos últimos
meses diversas cidades da Argentina, onde organizou protestos
contra o "corralito".
Ovos na Casa Rosada
Ontem, ele e um grupo de correntistas realizaram uma manifestação no centro de Buenos Aires, mas, impedidos por alambrados de se aproximarem da Casa
Rosada, atiraram ovos na sede do governo.
Em outras oportunidades, Artaza chegou a se reunir com o presidente Eduardo Duhalde e com membros da equipe econômica. Sua importância política cresceu
tanto que o ator costuma ser obrigado a negar que tenha a intenção
de se candidatar a algum cargo na próxima eleição.
(JS)
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