São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002

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TELES

Empresa quer manter boa relação e aguarda apoio da agência sobre oferta à Intelig

Brasil Telecom espera aval da Anatel

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do conselho de administração da Brasil Telecom, Luiz Octávio da Motta Veiga, informou ontem ao presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Luiz Guilherme Schymura, que a empresa tem intenção de comprar 19,9% da operadora de longa distância Intelig.
Na saída do encontro, Motta Veiga disse que a agência não colocou nenhuma objeção ao negócio durante a conversa. Segundo ele, não seria necessária a aprovação prévia da agência, mas a Anatel foi informada porque a empresa, que aguarda autorização da agência para prosseguir na negociação, tem interesse em manter uma "boa relação" com a agência.
"Considerando que é 19,9% [a Brasil Telecom compraria 19,9% das ações da Intelig", não há porque falar em troca de controle", explicou Motta Veiga.
Pela regulamentação do setor, a Brasil Telecom não pode assumir o controle da Intelig antes de janeiro de 2004. O controle só pode ser assumido antes se a empresa antecipar o cumprimento das metas de universalização (instalação de telefones) de 2003.
Ao contrário da Telemar e da Telefônica, a Brasil Telecom não antecipou o cumprimento dessas metas neste ano. Por isso, não pode prestar outros serviços de telecomunicações, como o de ligação interurbana fora de sua área de concessão (regiões Sul e Centro-Oeste, Tocantins, Rondônia e Acre) e internacionais.
Na quinta-feira, o presidente do conselho de administração da Intelig, Steven Marshall, disse que a intenção dos controladores da empresa é vender 100% das ações.
Questionado sobre a possibilidade de a Brasil Telecom comprar todas as ações da Intelig quando for possível pela regulamentação, Motta Veiga foi vago: "O futuro a Deus pertence".
Depois de um período difícil, a Intelig começou a registrar em fevereiro resultados positivos no Ebitda (indicador usado pelo mercado que demonstra a geração de caixa, sem descontar o pagamento de juros e impostos). Sua receita mensal é de cerca de R$ 100 milhões, mas a empresa ainda tem prejuízo líquido.


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