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MERCADO ABERTO
Empresários querem pressa em CPIs
Em jantar realizado na Fiesp
(Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo) na segunda-feira, os empresários
defenderam uma apuração rápida por parte das CPIs das denúncias que envolvem o governo. O
temor é que a atual crise política e
o excesso de denuncismo joguem por terra o bom momento
que atravessa a economia. Se
possível, antes de novembro,
prazo previsto para o encerramento das CPIs.
Para os empresários, o ideal era
que se fizesse uma espécie de
blindagem da economia contra a
crise, mas, como isso não é possível, a melhor saída é que se apure
tudo e que os culpados sejam punidos o mais rápido possível. Os
empresários ressaltaram que tudo deveria ser feito dentro dos limites da lei, sem excessos e sem
revanchismo.
O jantar foi organizado por
Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e
contou com a presença de cerca
de 25 empresários. Entre eles,
Antônio Ermírio de Moraes,
Marcio Cypriano, Benjamin
Steinbruch, Paulo Cunha, Eugênio Staub, Paulo Setubal, Ivan
Zurita, Ivoncy Ioschpe, Fernando Xavier, Abram Szajman, Flávio Rocha e Fábio Meirelles.
Os empresários manifestaram
total apoio ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho. Todos
saíram convencidos de que Palocci, na entrevista coletiva de
domingo, conseguiu virar o jogo
que parecia contra ele. O caso Palocci foi considerado superado.
O maior medo dos empresários é mesmo o de a crise política
frear o crescimento. A grande
maioria dos empresários disse
que seus negócios estavam se expandido, apesar da crise, dos juros altos e do dólar baixo. Poucos
reclamaram. Apesar de não haver investimentos novos, os empresários também se comprometeram a não parar aqueles que
estão em andamento.
BELEZA BRASILEIRA
O crescimento das vendas do setor de beleza no Brasil traz
boas perspectivas de negócios para a edição deste ano da Cosmoprof Cosmética, que ocorre de 9 a 12 de setembro, no
Anhembi, em São Paulo. Segundo Roberta Dias, diretora da
Alcantara Machado, que organiza a feira, o Brasil tem atraído a
atenção de empresas estrangeiras por conta de sua biodiversidade. "A busca do mercado nesse segmento é o encontro com a
natureza, e isso no Brasil é muito evidente." Sem fazer previsões, a diretora diz que, no ano passado, só uma empresa dos
EUA fechou US$ 500 mil em negócios durante a feira.
DEBATE
Severino Cavalcanti, presidente da Câmara, participa de debate com quase 300 empresários
em São Paulo, na próxima segunda-feira, em evento promovido pelo Lide (Grupo de Líderes
Empresariais).
NO AZUL
As cinco empresas federais de
distribuição de energia elétrica
geridas pela Eletrobrás começam a mostrar sinais de recuperação. As chamadas "federalizadas" Ceron, Eletroacre, Ceal, Cepisa e Ceam apresentaram no
primeiro semestre deste ano
uma receita operacional líquida
26% superior àquela registrada
no mesmo período de 2004: o total saltou de R$ 673,2 milhões para R$ 846,9 milhões.
A REGRA É CLARA
No jantar de segunda na Fiesp,
Sidney Sanches, ex-presidente
do STF, foi claro. Se a crise chegar ao impeachment, quem assume a Presidência é o vice. Não
há, diz ele, hipótese de impedimento da chapa Lula-Alencar e
Severino Cavalcanti assumir.
APOSTA INCA
A Blue Tree Hotels acaba de assinar contrato para gerenciar um
resort no Peru, que será inaugurado em 2008. A construção será
na cidade de Paracas, a 245 km
ao sul de Lima. A região é conhecida como um importante centro cultural inca. O empreendimento terá 140 apartamentos e
dois restaurantes, com centro de
convenções para 300 pessoas. O
investimento será peruano.
DNA DE VERDADE
Dos presentes ao DNA do Brasil Real, fórum de debates entre
os dias 26 e 28, em São Paulo,
50% são brancos, 38% não têm
renda, 28% têm entre 40 e 49
anos e 66% são católicos. Representam a exata divisão socioeconômica da população. Os debates são a continuação do DNA
Brasil, que reuniu personalidades de diversas áreas em 2004.
NOVO RECORDE
A carteira de investimentos da
BB DTVM rompeu nesta semana a barreira dos R$ 150 bilhões.
De acordo com Nelson Rocha,
presidente da distribuidora, esse
montante representa 80% das
captações da indústria de fundos. Rocha diz que, quando assumiu a BB DTVM, em 2003, o
total de investimentos em carteira era de R$ 66 bilhões.
MAIS SEGURO
Impulsionado por um alinhamento estratégico e por
fatores como a queda do dólar (que barateou a importação de carros, por exemplo), a
divisão brasileira da companhia de seguros americana
Chubb registrou seus melhores números em uma década
no primeiro semestre. Com
foco em apólices para a classe
A e empresas, ela viu o resultado operacional (antes do
IR) subir cerca de 700%. "Em
janeiro, iniciamos um projeto
de expansão para além do Sudeste, além de parcerias com
corretores e novos produtos",
diz Acácio Queiroz, presidente da Chubb Seguros desde janeiro. Um dos destaques, o segmento "personal lines",
que engloba seguros de veículos de luxo, mansões e iates,
teve alta de 94% na receita
(prêmios emitidos) ante o
mesmo período de 2004.
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