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AVE AGUADA
Associação do setor assina hoje convênio com o Procon para fiscalizar excesso de líquido no produto congelado
Água no frango preocupa avicultura gaúcha
DA REDAÇÃO
A Asgav (Associação Gaúcha de
Avicultura) está preocupada com
os índices de água na carne do
frango congelado e assina hoje
convênio com o Procon para a fiscalização do produto comercializado nos supermercados.
A entidade quer também que o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento modifique os
testes de controle de água no frango, que atualmente são realizados
apenas em frangos inteiros.
As indústrias avícolas do Rio
Grande do Sul querem maior fiscalização no setor porque muitas
vezes o percentual de água no
frango resfriado supera em muito
os 6% permitidos. Algumas análises apontam de 25% a 30%, prejudicando os consumidores.
Preocupado com a absorção de
água no frango, o Dipoa (Departamento de Inspeção de Produtos
de Origem Animal), vinculado à
SDA (Secretaria de Defesa Agropecuária), divulgou no final do
mês passado uma nota técnica sobre a fraude.
O diretor do Dipoa, Nelmon
Oliveira da Costa, determinou
que as empresas do setor comprem equipamentos que permitam a realização de análises de
"driping test" (teste para medir o
índice de água absorvida durante
o processo de resfriamento da
carcaça do frango).
Crescimento
Para a Asgav, entidade que está
completando 40 anos, essas distorções podem trazer problemas
à avicultura do Estado, setor importante e que congrega 11 mil famílias de produtores integrados.
A avicultura gaúcha é responsável
pela geração de 45 mil empregos
diretos e 800 mil indiretos.
Responsável por 4,5% do Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul, a avicultura projeta
crescimento de 5% para este ano.
A alta é baseada principalmente
no aumento das exportações.
No primeiro semestre, 71% da
produção gaúcha foi destinada ao
mercado externo, com receita de
US$ 378 milhões -mais 11% sobre o valor dos primeiros seis meses de 2004.
A avicultura gaúcha ocupa o
terceiro lugar no ranking nacional, respondendo por 25% das exportações e 15% da produção brasileira. No ano passado, as vendas
externas renderam US$ 675 milhões e, para este ano, a estimativa
é de US$ 730 milhões.
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