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Companhia admite que deve demitir
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
DA FOLHA ONLINE
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Varig, Omar
Carneiro da Cunha, afirmou ontem que a aérea precisa reduzir
custos em até 40%. Para chegar a
esse patamar de eficiência, o processo de reestruturação da companhia deverá incluir demissões.
Segundo ele, a Varig trabalha
com duas vertentes: corte de benefícios e redução de pessoal em
áreas em que há excedente de funcionários. A lei de recuperação
permite que a Varig revise as condições contratuais de trabalho. "A
Varig mantém condições contratuais de trabalho que foram sempre bastante generosas e, com o
passar do tempo, acabam acumulando custos salariais que são incompatíveis com a realidade do
mercado brasileiro", disse.
Ainda não há um número fechado de funcionários que serão
cortados. A definição depende do
trabalho da Lufthansa Consulting, que reavalia o tamanho da
frota e as rotas da companhia.
"A empresa vai vender o filé
mignon e vai deixar o osso para o
trabalhador roer", afirma Uébio
José da Silva, presidente do Sindicato dos Aeroviários do Estado de
São Paulo. "A venda desse ativo
pode ser prejudicial à recuperação da Varig no futuro", diz Graziella Baggio, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas.
"Imaginar que uma companhia
que entra em recuperação vai sair
sem demissão é impossível", afirmou Cunha. Segundo ele, a companhia tem infra-estrutura suficiente para atender 118 aeronaves,
mas tem hoje 40 aviões a menos.
Sem as subsidiárias, a Varig tem
cerca de 11.500 funcionários.
Segundo Cunha, no longo prazo, a Varig pretende padronizar a
frota para melhorar a eficiência e,
após a recuperação, teria interesse
de utilizar aviões da Embraer.
Atualmente a Varig tem 13 tipos
de aeronaves e motores. O objetivo é ter apenas dois modelos de
aeronave em cinco anos -seriam
somente aviões 777 e 737.
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