São Paulo, sexta-feira, 24 de agosto de 2007

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Na visão de Lula, tranqüilidade se deve a sacrifício

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em discurso para empresários do setor de infra-estrutura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que a tranqüilidade do Brasil em relação à recente crise nos mercados é fruto do "sacrifício" feito em 2003.
O pronunciamento foi feito antes do anúncio da elevação da nota de risco do Brasil pela agência Moody's.
Segundo Lula, o Brasil colhe hoje a "coragem" que o governo teve em 2003. "Tivemos que enfrentar, de um lado, os meus companheiros trabalhadores, sindicalistas, querendo que a gente resolvesse o problema da classe operária no primeiro ano de governo. Tínhamos, do outro lado, empresários querendo que nós fizéssemos os investimentos que não tinham sido feitos em três décadas, no primeiro ano. E nós então tomamos a decisão que qualquer pessoa de bom senso tomaria. Primeiro nós temos que arrumar a casa."
Em uma espécie de chamamento ao diálogo, Lula afirmou que "ninguém é dono da verdade". "O ministro da Fazenda já não se sente mais o todo-poderoso e que somente a verdade dele prevalece; o ministro do Planejamento não se sente mais assim, o presidente já não se sente mais assim. E todos vocês também aprenderam que a iniciativa privada não é o absolutismo que se tentou vender. Todos nós temos virtudes, temos falhas", disse. (JULIANNA SOFIA e LETÍCIA SANDER)

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