São Paulo, segunda-feira, 24 de agosto de 2009

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br

Venda de genéricos cresce 19% no primeiro semestre

As vendas do mercado de medicamentos genéricos registaram aumento de 19,4% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.
A comercialização dos produtos movimentou R$ 2,015 bilhões, ante R$ 1,688 bilhão entre janeiro e junho de 2008.
"O segmento já se mostrou consolidado e ainda tem espaço para crescer", afirma Odnir Finotti, vice-presidente da Pró Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos).
Em volume, o crescimento foi de 14,9%, com a venda de 148,3 milhões de unidades no período, ante 129,1 milhões nos seis primeiros meses do ano passado, segundo dados do IMS Health, instituto que audita o mercado farmacêutico.
"Quanto maior a participação dos genéricos, maior é a economia que a categoria gera ao consumidor", diz Finotti.
Segundo pesquisa da Pró Genéricos, com base nos dados do IMS Health, de junho de 2001 a junho de 2009 os genéricos foram capazes de gerar economia equivalente a R$ 11,5 bilhões. A análise se baseia no cálculo da diferença de preço entre o genérico e o produto de referência correspondente.
O mercado farmacêutico total também cresceu, mas em menor proporção, segundo dados do IMS Health. De janeiro a junho deste ano, o conjunto da indústria vendeu 828,7 milhões de unidades, ante 794,5 milhões em igual período de 2008. A alta foi de 4,3%.

RAÇÃO

Depois de se reestruturar para absorver as aquisições da Zoofort e da Cargill, a empresa de nutrição animal Evialis, dona também da marca Socil, espera crescimento de 15% no faturamento deste ano. Para isso, o presidente da Evialis, Nilton Perez, planeja especializar algumas das nove fábricas da empresa no Brasil na produção de tipos de ração. "Temos duas fábricas no Nordeste. Uma tem vocação para produzir ração para peixes, e a outra, para camarão." Outra estratégia é conquistar novos mercados para suas marcas. "Uma fábrica da Socil agora também produz a marca Purina, que era da Cargill." O próximo passo da Evialis é otimizar a estrutura logística e investir em novos produtos.

INVESTIMENTO
A incorporadora carioca Performance Empreendimentos Imobiliários acaba de criar um fundo de "private equity" de R$ 26 milhões com nove investidores. O objetivo deles é participar de empreendimentos imobiliários no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília.

CONCESSÃO
Paulo Godoy, presidente da Abdib (associação da infraestrutura), está preocupado com os impactos da adequação da contabilidade brasileira aos padrões internacionais nas empresas que detêm concessões públicas, como de rodovias ou de usinas hidrelétricas.

NA PAUTA
A Abdib já notificou membros do governo, da CVM, da Ibracon (associação dos auditores) e do Comitê de Pronunciamentos Contábeis para que incluam as concessões na pauta de discussão das novas regras contábeis. Para Godoy, a falta de definições de como serão reconhecidas as concessões nos balanços patrimoniais das companhias pela nova regra contábil gera uma insegurança jurídica que pode afetar os investimentos.

BBB
A Votorantim Participações, holding controladora do Grupo Votorantim, acaba de ter seu grau de investimento ratificado pela Standard & Poor's. A nota da Votorantim é BBB. No primeiro semestre, o lucro de todas as empresas do grupo somou R$ 1 bilhão.

DE PAPEL
A VCP (Votorantim Celulose e Papel) lança um papel térmico focado no segmento bancário, com durabilidade de sete anos e maior definição de imagem. A criação do produto faz parte dos investimentos de mais de R$ 115 milhões feitos pela empresa na unidade Piracicaba, cujo parque industrial foi recentemente ampliado e recebeu novos equipamentos.

LUZ ACESA
O Instituto Acende Brasil promove amanhã, em Brasília, o 5º Fórum Instituto Acende Brasil - Mudanças Climáticas e o Setor de Energia: Rumo a Copenhague. Serão apresentadas seis propostas sobre o tema para debate, que terá participação de representantes dos ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia e de Ciência e Tecnologia.

LEGENDADO

A produtora carioca de áudio Gemini acaba de abrir seu primeiro escritório no exterior, em Los Angeles, nos EUA. Focada em tradução e dublagem, a empresa quer prestar serviço para o mercado de cinema hollywoodiano. "Nossa meta é fechar duas contas com estúdios americanos neste ano", diz Sabrina Martinez, sócia da Gemini. Na mira, empresas como Universal, Fox e Disney.


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