São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 2002 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Importação de arroz O Brasil está prestes a importar de 25 mil a 30 mil toneladas de arroz dos Estados Unidos. Os norte-americanos já dão como certa a compra, inclusive definindo o porto de chegada da mercadoria. Os importadores, no entanto, dizem que "ainda não foi batido o martelo". Demora Adalberto Pegorer, da Cerealista São João, uma das cinco indústrias de Santa Cruz do Rio Pardo (SP) envolvidas na importação, diz que já existe um pré-contrato. Eleições, câmbio elevado e dificuldades na obtenção de uma carta de crédito, devido à situação do país, estão retardando a operação. Vendas travadas Pegorer diz que as importações são necessárias porque as vendas internas estão travadas. Além disso, o plantio está sendo retardado no Sul pelas chuvas, e a previsão é de queda de 15% na área a ser plantada em Mato Grosso. Esse cenário gera incertezas para a entressafra, diz ele. Decidir já Pegorer diz que a oferta na entressafra será muito apertada, o que não ocorre há vários anos. As indústrias não podem esperar até o final do ano para saber se haverá matéria-prima ou não. Segundo ele, o arroz importado chegará ao país a R$ 23,50 por saca. Estímulo à importação O analista Romeu Fiod diz que há espaço para importações de 150 mil toneladas neste ano. O produtor está dosando as vendas e os estoques de arroz de qualidade -350 mil toneladas da Conab- estão acabando devido aos leilões semanais de 40 mil toneladas. Programas agrícolas O governo federal anunciará hoje recursos de R$ 23 milhões para três programas agrícolas. Em um deles, os produtores terão R$ 720 cada um para fazer análise, transportar e aplicar corretivos no solo. Serão beneficiados produtores das pequenas propriedades. Viveiros florestais O governo incentivará também a formação de viveiros florestais. A meta é a formação de 100 milhões de mudas de qualidade. O terceiro programa quer estimular a formação de núcleos técnicos de assessorias qualificadas a produtores. Silagem A Embrapa coloca à disposição de técnicos e produtores ligados à pecuária bovina -e que buscam maior competitividade no setor- o livro "Produção e Utilização de Silagem de Milho e Sorgo". Mais detalhes podem ser obtidos no site www.sct.embrapa.br. Nova alta Os preços pagos aos produtores paulistas subiram 3,97% nas últimas quatro semanas. Essa escalada de alta vem, sem interrupções, desde o início de maio. A pesquisa é do Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. O que sobe Dos 19 produtos pesquisados, apenas 3 tiveram redução de preços (batata, cebola e ovos), segundo Nelson Martin, coordenador da pesquisa. Entre as altas, as principais ficaram para algodão (19%), café (28%), feijão (12%), milho (11%), trigo (16%) e carne suína (18%). E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado Financeiro: Bolsa inicia a semana com baixa de 3,35% Próximo Texto: AGROFOLHA Pecuária: Meia vaca é vendida por R$ 1,6 milhão Índice |
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