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MEMÓRIA
Racionamento fez montadora falar em fechar unidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Essa é a segunda vez em
menos de três meses que
Volkswagen na Alemanha e
no Brasil "não falam a mesma língua".
Em julho deste ano, representantes dos trabalhadores
afirmaram que haviam perdido a "confiança" na montadora e que poderiam suspender as negociações em
torno da criação da Autovisão. Na ocasião, o presidente
do grupo, Bernd Pischetsrieder, havia dito a jornalistas
alemães que a montadora
iria cortar 4.000 empregados
no Brasil para compensar a
retração nas vendas.
Aos acionistas, a matriz
alemã informava que os lucros da Volkswagen mundial caíram 49% no segundo
trimestre em relação a igual
período de 2002, em decorrência da queda nas vendas
mundiais. E reafirmava a necessidade de enxugar postos
de trabalho.
No Brasil, a montadora informava que iria respeitar
acordos que garantem estabilidade no emprego aos trabalhadores.
Em 2001, as declarações do
então presidente da Volks
no Brasil, Peter Demel, também causaram polêmica. Às
vésperas do racionamento,
ele disse que, se o Brasil não
oferecesse eletricidade, água
e estradas, iria fechar a fábrica da Volks no Paraná para
fazer carros em outro país.
No final de 2001, após enfrentar uma greve por conta
de 3.000 demissões no ABC,
Demel chegou a dizer que os
consumidores não iriam pagar mais caro pelos carros
fabricados em São Paulo,
onde os salários eram quase
três vezes maiores do que os
do Paraná.
(CR)
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