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São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2003

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MEMÓRIA

Racionamento fez montadora falar em fechar unidade

DA REPORTAGEM LOCAL

Essa é a segunda vez em menos de três meses que Volkswagen na Alemanha e no Brasil "não falam a mesma língua".
Em julho deste ano, representantes dos trabalhadores afirmaram que haviam perdido a "confiança" na montadora e que poderiam suspender as negociações em torno da criação da Autovisão. Na ocasião, o presidente do grupo, Bernd Pischetsrieder, havia dito a jornalistas alemães que a montadora iria cortar 4.000 empregados no Brasil para compensar a retração nas vendas.
Aos acionistas, a matriz alemã informava que os lucros da Volkswagen mundial caíram 49% no segundo trimestre em relação a igual período de 2002, em decorrência da queda nas vendas mundiais. E reafirmava a necessidade de enxugar postos de trabalho.
No Brasil, a montadora informava que iria respeitar acordos que garantem estabilidade no emprego aos trabalhadores.
Em 2001, as declarações do então presidente da Volks no Brasil, Peter Demel, também causaram polêmica. Às vésperas do racionamento, ele disse que, se o Brasil não oferecesse eletricidade, água e estradas, iria fechar a fábrica da Volks no Paraná para fazer carros em outro país.
No final de 2001, após enfrentar uma greve por conta de 3.000 demissões no ABC, Demel chegou a dizer que os consumidores não iriam pagar mais caro pelos carros fabricados em São Paulo, onde os salários eram quase três vezes maiores do que os do Paraná. (CR)

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