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Meta de superávit deixa país a "pão e água", diz Lessa
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social), Carlos Lessa, disse
ontem a um grupo de pessoas, entre elas o ministro da
Educação, Cristovam Buarque, em Brasília, que o Ministério da Educação está a
"pão e água" porque o país
está tentando cumprir a meta de superávit primário que
está prevista no acordo com
o FMI (Fundo Monetário Internacional).
"Por que o ministro Cristovam [Buarque] está a "pão
e água'? Por que todo mundo está a "pão e água'? Não é
porque o país encolheu, não.
É porque estamos poupando R$ 70 bilhões para pagar
juros que vão para os detentores dos títulos de dívida
pública e que aplicam em
mais títulos de dívida pública", afirmou Lessa.
Para ele, o plano de Parceria Público-Privado, criado
para atrair investimentos
privados para a área de infra-estrutura, que o Ministério do Planejamento deve
anunciar em breve, também
é uma forma de cumprir as
metas do acordo com o FMI.
"Quando o governo está
falando na Parceria Público-Privado, ele está tentando
encontrar uma forma de superar as decisões do Fundo."
Para ele, o país está "travado" e o FMI garante a situação de arrocho da economia.
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