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São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2003

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Meta de superávit deixa país a "pão e água", diz Lessa

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, disse ontem a um grupo de pessoas, entre elas o ministro da Educação, Cristovam Buarque, em Brasília, que o Ministério da Educação está a "pão e água" porque o país está tentando cumprir a meta de superávit primário que está prevista no acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
"Por que o ministro Cristovam [Buarque] está a "pão e água'? Por que todo mundo está a "pão e água'? Não é porque o país encolheu, não. É porque estamos poupando R$ 70 bilhões para pagar juros que vão para os detentores dos títulos de dívida pública e que aplicam em mais títulos de dívida pública", afirmou Lessa.
Para ele, o plano de Parceria Público-Privado, criado para atrair investimentos privados para a área de infra-estrutura, que o Ministério do Planejamento deve anunciar em breve, também é uma forma de cumprir as metas do acordo com o FMI.
"Quando o governo está falando na Parceria Público-Privado, ele está tentando encontrar uma forma de superar as decisões do Fundo."
Para ele, o país está "travado" e o FMI garante a situação de arrocho da economia.


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