DA REPORTAGEM LOCAL

O investidor brasileiro ainda tem de aprender a pesquisar e avaliar as taxas cobradas na hora de realizar uma aplicação financeira. Assim avaliam os especialistas consultados pela Folha.
A taxa de administração está entre os itens mais relevantes e deveria ser analisada ainda antes da escolha de um fundo para investir. Por ser fixa, as comparações ficam até mais fáceis.
"No caso da renda fixa, por exemplo, os ganhos brutos são muito próximos, o que aumenta a relevância do tamanho das taxas de administração no ganho final", diz William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Se as taxas cobradas forem muito elevadas e a rentabilidade não for das maiores, elas podem acabar por corroer boa parte do rendimento oferecido pelo fundo.

Conta-investimento
Dessa forma, pesquisar as taxas cobradas em diferentes instituições deveria ser uma prática mais comum entre os investidores, principalmente após o advento da conta-investimento, que permite que o investidor tenha custos menores para trocar suas aplicações entre os bancos.
"O brasileiro ainda tem de se acostumar a pesquisar antes de definir qual será sua aplicação. Mesmo no próprio banco em que a pessoa é cliente, é interessante solicitar que se apresente toda a família de fundos, pois ocorre muito de haver produtos similares com taxas de administração diferentes", afirma o administrador de investimentos Fábio Colombo.
É importante que o investidor não se atente apenas às taxas, mas que também avalie o desempenho do fundo, que pode ser baixo, mesmo com uma taxa de administração pequena. (FV)


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