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Número de usuários de banda larga cresce 16% no 1º semestre
Queda do PIB no período não afetou a procura pelo serviço; 20% das conexões já são por acesso móvel
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
O número de usuários do serviço de banda larga para acesso
à internet cresceu 16% no primeiro semestre deste ano. O setor se manteve em forte expansão apesar da queda de 1,5% no
Produto Interno Bruto (PIB)
verificada no período.
Segundo levantamento divulgado ontem pela Cisco (fornecedora mundial de soluções
de telecomunicações), o número de assinantes de banda larga
no país chegou a 13,6 milhões
no final de junho, dos quais
20% já são por conexão móvel,
oferecida pelas operadoras de
telefonia celular.
"O mercado de banda larga
praticamente não foi afetado
pela crise econômica mundial",
afirmou o presidente da Cisco
do Brasil, Rodrigo Abreu. O
acesso móvel à internet começou em 2007 e já soma 2,6 milhões de usuários. No primeiro
semestre do ano foram registrados 1,13 milhão de novos assinantes para conexão fixa e
680 mil para conexão móvel.
Os dados mostram haver
competição pela oferta de serviços de banda larga entre empresas de telefonia fixa, de TV
por assinatura e de telefonia celular, em contraste com a telefonia fixa local, onde persiste
um quase monopólio das concessionárias privatizadas.
As teles fixas respondem por
7,6 milhões de acessos à banda
larga (cerca de 52% do total),
enquanto as televisões a cabo
têm 28% do mercado. Para 4,1
milhões de assinantes de seu
serviço principal (televisão por
assinatura), as TVs a cabo possuem 3 milhões de usuários de
banda larga.
"As TVs a cabo foram pioneiras na venda de pacotes "triple
play" [oferta tripla, com TV, internet e telefone] e impulsionaram a venda da banda larga",
avalia Abreu. De janeiro de
2005 a junho deste ano, o número total de assinantes de
banda larga cresceu 235% -de
4,1 milhões para 13,6 milhões.
Abreu defende que a banda
larga seja tratada como serviço
essencial nas políticas públicas,
para estimular a disseminação
e a redução dos preços. Apenas
5,8% da população usa a banda
larga, enquanto na Argentina e
no Chile a proporção é de 8,8%.
São Paulo é o Estado em que
o serviço está mais disseminado, com 11%. Para o presidente
da Cisco, as tarifas deveriam
ser subsidiadas, com uso de recursos do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações), e a carga
tributária, reduzida. Segundo
as empresas do setor, a carga
tributária sobre os serviços de
telecomunicações supera 40%.
Tarifa
Pela pesquisa da Cisco, a assinatura mensal da conexão de
velocidade mais baixa (128
Kbps), oferecida pelas empresas de telefonia fixa, manteve-se em R$ 49,90 nos últimos 12
meses, enquanto o serviço de
velocidade mais alta (20 Mbps),
que custava, em média, R$
487,50 em junho do ano passado, havia caído para R$ 286,40
mensais em junho deste ano.
Nas conexões por "cable modem", o serviço de velocidade
mínima (200 Kbps) baixou de
R$ 52,90 para R$ 29,90 no período, mas a conexão mais veloz (de 8 Mbps) aumentou de
R$ 209,90 para R$ 239,90.
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