São Paulo, sábado, 24 de outubro de 2009

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Investimento no setor produtivo também cresce

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Além da forte entrada de recursos no mercado brasileiro de ações e renda fixa, o Brasil também registra aumento nos investimentos estrangeiros direcionados ao setor produtivo. Segundo dados do Banco Central, o país já recebeu até setembro US$ 17,7 bilhões, o que representa 70% do valor esperado para todo o ano pelo governo.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, ainda há uma queda de 40% nesse indicador, já que o resultado está prejudicado pela crise. No primeiro trimestre, essa redução era mais acentuada, de 60%.
Em setembro, esses investimentos somaram US$ 1,8 bilhão, abaixo do previsto pelo BC. Segundo a instituição, isso se deve a uma operação que foi considerada como "desinvestimento estrangeiro" no país. A AmBev comprou papéis lançados pela sua controladora no exterior, uma espécie de empréstimo entre filial e matriz. Sem isso, o resultado do investimento seria US$ 1 bilhão maior.
Os dólares que entraram por meio dos investimentos estrangeiros -no setor produtivo e no mercado de capitais- ajudaram a financiar o deficit nas transações correntes do Brasil com o exterior, indicador da vulnerabilidade externa do país. O resultado de setembro ficou negativo em US$ 2,3 bilhões, afetado pela alta nas importações, principalmente de combustíveis, o que prejudicou a balança comercial.
O comércio exterior é um dos principais componentes das transações correntes, junto com os gastos com serviços e as remessas de rendas. No mês passado, foram enviados ao exterior US$ 1,5 bilhão de lucros e dividendos. Com a recuperação da economia brasileira, as filiais de multinacionais voltaram a enviar recursos às matrizes.
Para outubro, o BC projeta um deficit de US$ 2 bilhões nas transações correntes e uma entrada de US$ 1,7 bilhão em investimentos externos no setor produtivo.


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