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Redução de salários causa indignação em Wall Street
Instituições socorridas preveem "fuga de cérebros"
DA REDAÇÃO
DA BLOOMBERG
O anúncio de que a remuneração dos executivos das empresas socorridas com dinheiro
público terá redução média de
50% causou indignação em
Wall Street. As instituições afetadas pela medida argumentam
que o corte poderá afastar os
melhores profissionais e prejudicar sua recuperação.
"Os concorrentes estão identificando os nossos melhores
funcionários e usando os temores relativos ao salário para recrutá-los", disse Scott Silvestri,
porta-voz do Bank of America,
que recebeu US$ 45 bilhões em
ajuda federal.
Mesmo com os cortes ordenados pelo Tesouro norte-americano, no entanto, 66%
dos executivos das sete empresas afetadas ainda recebem
uma remuneração anual total
de, pelo menos, US$ 1 milhão.
Regulação
Em Massachusetts, o presidente do Fed (BC dos EUA),
Ben Bernanke, que anunciou
na quinta-feira medidas para
desencorajar os executivos de
bancos a assumirem riscos excessivos, instou o Congresso a
aprovar um pacote que regule o
sistema financeiro do país e diminua o risco de debacles.
O governo Obama já propôs
mecanismos que expandem os
poderes do Fed e aumentam a
fiscalização sobre o sistema financeiro, mas o Congresso vê
com desconfiança a atuação do
órgão, que é tido como incapaz
de lidar com os problemas que
levaram o país à ruína.
Em meio à discussão de medidas para evitar futuras crises,
o setor imobiliário, cuja derrocada foi o pontapé inicial do colapso do sistema bancário,
anunciou crescimento de 9,4%
na venda de casas usadas em relação a agosto. O bom resultado
é atribuído a benefícios fiscais
concedidos pelo governo que
expiram em novembro.
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