São Paulo, sábado, 24 de outubro de 2009

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Redução de salários causa indignação em Wall Street

Instituições socorridas preveem "fuga de cérebros"

DA REDAÇÃO
DA BLOOMBERG

O anúncio de que a remuneração dos executivos das empresas socorridas com dinheiro público terá redução média de 50% causou indignação em Wall Street. As instituições afetadas pela medida argumentam que o corte poderá afastar os melhores profissionais e prejudicar sua recuperação.
"Os concorrentes estão identificando os nossos melhores funcionários e usando os temores relativos ao salário para recrutá-los", disse Scott Silvestri, porta-voz do Bank of America, que recebeu US$ 45 bilhões em ajuda federal.
Mesmo com os cortes ordenados pelo Tesouro norte-americano, no entanto, 66% dos executivos das sete empresas afetadas ainda recebem uma remuneração anual total de, pelo menos, US$ 1 milhão.

Regulação
Em Massachusetts, o presidente do Fed (BC dos EUA), Ben Bernanke, que anunciou na quinta-feira medidas para desencorajar os executivos de bancos a assumirem riscos excessivos, instou o Congresso a aprovar um pacote que regule o sistema financeiro do país e diminua o risco de debacles.
O governo Obama já propôs mecanismos que expandem os poderes do Fed e aumentam a fiscalização sobre o sistema financeiro, mas o Congresso vê com desconfiança a atuação do órgão, que é tido como incapaz de lidar com os problemas que levaram o país à ruína.
Em meio à discussão de medidas para evitar futuras crises, o setor imobiliário, cuja derrocada foi o pontapé inicial do colapso do sistema bancário, anunciou crescimento de 9,4% na venda de casas usadas em relação a agosto. O bom resultado é atribuído a benefícios fiscais concedidos pelo governo que expiram em novembro.


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