|
Próximo Texto | Índice
MERCADO ABERTO
Fiesp discute desindustrialização
A
Fiesp promove na próxima
segunda, em São Paulo, um
debate sobre a desindustrialização no Brasil, um fenômeno que já ocorre em países desenvolvidos e agora atinge também algumas regiões em desenvolvimento, como o Cone Sul.
Entre os exemplos, o Brasil, a Argentina e o Chile.
O seminário, chamado "Industrialização, Desindustrialização e
Desenvolvimento", contará com
a presenças de estudiosos do tema, como Gabriel Palma, professor da Universidade de Cambridge; Richard Kozul-Wright,
da Unctad; e Mário Cimolli, da
Cepal (Comissão Econômica para a América Latina).
O embaixador Sérgio Amaral,
consultor da Fiesp e organizador
do evento com Rubens Ricupero,
diz que o fenômeno da desindustrialização, de acordo com estudos recentes, costuma ocorrer
em países de renda per capita acima de US$ 12 mil. Trata-se de um
deslocamento natural que ocorre
na economia. A indústria atinge
sua maturidade e começa a perder espaço principalmente para
o setor de serviços.
Já o movimento de perda da
participação da indústria que
vem ocorrendo nos países do Cone Sul, chamado de desindustrialização precoce, é visto com
preocupação pelos especialistas.
A indústria, no caso de países como Brasil e Argentina, é considerada um importante motor de
desenvolvimento.
Para Sérgio Amaral, em alguns
casos, no entanto, a expansão industrial pode ser abortada e ceder lugar aos serviços, antes de
ter chegado ao seu amadurecimento. Ele não sabe dizer, no entanto, se o Brasil já está convivendo ou não com o fenômeno da
desindustrialização precoce. O
fato é que a indústria no Brasil
vem perdendo participação tanto em relação ao PIB como em
capacidade de gerar empregos.
De acordo com Amaral, para países do porte do Brasil, sem uma
indústria competitiva e forte não
há desenvolvimento.
HOMEM NO ESPAÇO
A Omega acaba de trazer ao
país cinco peças do lançamento Speedmaster Moon
Watch, em comemoração dos
40 anos da primeira caminhada do homem no espaço. No
mundo, serão 2.005 unidades
do modelo, em cujo mostrador aparecem, em destaque,
na cor vermelha, os anos
1965-2005. O preço do relógio
é de R$ 10 mil. É o marco da
primeira atividade fora de
uma nave espacial, pelo astronauta Edward H. White.
POLÊMICA NA TV
A polêmica criação do modelo
de TV digital brasileiro será discutida pela Abert (associação de
emissoras de rádio e televisão)
em encontro com o ministro das
Comunicações, Hélio Costa,
amanhã, em Belo Horizonte. As
empresas estimam o custo unitário do aparelho retransmissor
em US$ 1 milhão para cada emissora afiliada. Os empresários vão
tentar negociar com o governo a
isenção de alguns tributos, como
o de importação. O ministério
ainda não decidiu qual modelo
irá seguir. EUA, Europa e Japão
são alguns dos candidatos.
PROVA DO CRIME
A associação de moradores do
Pacaembu tenta coletar R$ 15 mil
para contratar uma equipe de filmagem. O objetivo é registrar
excessos nos shows do Pearl Jam
no estádio do Pacaembu, dias 2 e
3, e utilizá-los para evitar novos
shows, como promete José Serra.
REMESSAS
Jorge Mattoso (CEF) e Paulo
Teixeira Pinto (Banco Comercial
Português) assinam na próxima
semana um convênio para facilitar as remessas de brasileiros de
Portugal para o Brasil.
QUADRO VIRTUAL
A Moldura a Minuto, especializada em emoldurar quadros, desenvolveu um projeto
para facilitar a escolha do
cliente. O sistema permite recriar virtualmente o resultado
final de quadros com a moldura escolhida. "Pensamos
nisso porque o cliente tem dificuldade em visualizar a moldura no quadro", explica Antônio Carlos Viegas, diretor
da rede de 27 lojas. O mecanismo será implementado
em 2006. A empresa também
oferecerá o serviço pela internet, com a opção de encomenda do produto. Para
atender aos pedidos, as lojas
terão um novo centro de distribuição, com R$ 250 mil em
investimento. Viegas quer
oferecer o serviço em todas as
lojas até o fim de 2006. Neste
ano, o faturamento deve ter
alta de 15% ante 2004.
"PLÁSTICA" DOS PRÉDIOS
Em um momento em que se discute cada vez mais a revitalização do centro, cresce em São Paulo a onda do "retrofit" (requalificação de edifícios comerciais). "É um fenômeno que ocorre em
cidades onde os tecidos urbanos estejam consolidados, mas com
espaços vazios em seu interior, como prédios com baixa ocupação", diz Paulo Lisboa, do escritório de arquitetura de mesmo nome e que acaba de entregar um projeto de "retrofit" do edifício
São Luís Gonzaga, na avenida Paulista, com investimento de R$
800 mil. Segundo ele, a requalificação, que foi tema recentemente
de seminário no Secovi-SP, "serve como alavanca para a reclassificação de padrão e recuperação dos negócios". No prédio na
Paulista, ele cita a demora no atendimento e nos elevadores e a
poluição física e sonora no lobby como problemas solucionados.
No caso do lobby, por exemplo, decidiu-se pela substituição das
portas automáticas por giratórias. Estima-se que, só na região da
Paulista, de 80 a 100 edifícios necessitem de reformulação.
NOMEAÇÃO
Renato Amorim, secretário-executivo do conselho empresarial Brasil-China, presidido por
Roger Agnelli, assume em janeiro a direção internacional da Vale. Ele é especialista na China, o
principal mercado da empresa.
PRESENTE TÍPICO
Em visita à AmBev na terça, em
sua estada no Brasil, o príncipe
Philippe da Bélgica ganhou uma
camisa da seleção brasileira, com
autógrafos de Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. A InBev, sócia da
AmBev, é de origem belga.
PROPOSTA
Paulo Saab (Eletros) entrega
hoje na ABDI (Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial) uma proposta de nova política industrial para o segmento
de aparelhos de áudio. As medidas visam reduzir o impacto do
contrabando no setor, que, segundo a entidade, chega a 50%
das vendas desses produtos. Entre as medidas, a redução do imposto de importação dos aparelhos de áudio portáteis dos 20% a
30% cobrados atualmente para
2%. Também propõe a redução
do IPI de 20% para 2% e a redução do ICMS para 12%.
Próximo Texto: Apesar de crise, Bolsa atinge novo recorde Índice
|