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HERANÇA DOS CHOQUES
Justiça determina pagamento de correção do Plano Collor 1
Metalúrgico de SP ganha ação do FGTS
DO "AGORA"
A Justiça Federal mandou a
Caixa Econômica Federal pagar
correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de
44,80%, referentes ao Plano Collor 1 (1990), para os metalúrgicos
da cidade de São Paulo. A ação em
benefício dos trabalhadores foi
ingressada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, em 1993.
A Caixa confirmou que vai depositar a correção para os trabalhadores que compõem a maior
ação contra o FGTS já paga pelo
banco. Ainda não há estimativa
de valores.
Em todas as instâncias, a Justiça
determinou o pagamento, e a Caixa sempre recorreu. A ordem de
execução foi do juiz federal José
Marcos Lunardelli, da 17ª Vara
Federal de São Paulo.
A Caixa fechou com o sindicato
um cronograma para depositar os
créditos dividindo os beneficiários em 12 remessas mensais, começando em 31 janeiro. Os três
primeiros depósitos serão feitos
aos sindicalizados, e outros nove,
aos não-sindicalizados.
Apenas terão direito à correção
os metalúrgicos que tinham conta
vinculada com saldo em abril de
1990, que trabalharam em empresas da capital e que não aderiram
ao acordo fechado em 2001 com o
governo para receber as perdas.
A Caixa vai levantar quantos
trabalhadores com esse perfil estão entre os 789 mil metalúrgicos
de São Paulo.
O deputado federal Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP), que era
presidente do sindicato e autor da
ação, disse que entre os trabalhadores há 105 mil sindicalizados e
684 mil não-sindicalizados.
"Acreditamos que metade tenha direito à correção", afirmou o
deputado.
Para a Caixa, no entanto, os aptos a receber não passam de 20%
dos trabalhadores.
Apesar de a maioria das ações
judiciais incluir também as perdas do FGTS com o Plano Verão
(16,65%), assim como os acordos
fechados pelo governo, o sindicato não incluiu essa correção no
processo.
O acordo
Acordo fechado em 2001 entre
governo e sindicatos previa a correção das contas do FGTS com
base nos índices integrais de inflação que não foi feita nos planos
Verão (1989) e Collor 1 (março de
1990). A conta seria entre empresários, trabalhadores e governo.
As empresas pagariam com o
aumento da contribuição mensal
para o FGTS e parte da multa rescisória em caso de demissão sem
justa causa. Os trabalhadores,
com abatimento no valor total da
dívida. E o governo, com a negociação de títulos do Tesouro.
Informações
A Caixa não vai enviar cartas ou
atender trabalhadores nas agências para informar as correções. A
lista com nome e os valores que
cada metalúrgico tem a receber
será enviada ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
"Vamos prestar contas ao autor
da ação, que é o sindicato. Ele nos
diz os nomes e nós levantamos se
há direito e os valores. Não teremos atendimento desse tipo nas
agências. Isso caberá ao sindicato", afirmou Gildásio Freitas Silveira, gerente de FGTS da Caixa.
Medeiros disse que será encaminhada uma carta aos sindicalizados informando sobre a decisão
da Justiça e que o sindicato tem a
relação para informar ao trabalhador se ele está ou não entre os
metalúrgicos defendidos na ação.
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