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Concorrência vai aumentar em 2008, diz o presidente do HSBC
DA REPORTAGEM LOCAL
Menor entre os maiores bancos, o HSBC vê a concorrência
mais acirrada em 2008, após a
associação do Real com o Santander. O presidente do banco,
Emilson Alonso, diz que os
bancos terão de trocar margens
por escala. Leia entrevista.
FOLHA - Como fica a concorrência
após a aliança Real/Santander?
EMILSON ALONSO - Fica mais
agressiva. Essa aquisição tira a
zona de conforto do sistema todo. Tem uma pressão adicional
de queda de margem [de lucro].
Apesar de sermos o menor dos
grandes bancos, temos uma escala mínima. Consigo trabalhar
com a mesma rentabilidade dos
concorrentes. A escala ainda
não me mata.
FOLHA - Chegamos ao limite de
crescimento do crédito?
ALONSO - Para poder continuar
crescendo nesse ritmo e baixar
as taxas, o cadastro positivo é
fundamental. Os compulsórios
e os empréstimos direcionados
comem um parcela dos recursos. É uma cunha que aumenta
o custo.
FOLHA - O crescimento do crédito
depende mais de juros ou renda?
ALONSO - Quando o país cresce,
agrega mão-de-obra e os salários sobem. Você formaliza o
emprego e permite o crescimento de produtos, como o
consignado, que tem uma certa
garantia. Será que o Brasil cresce 5% de novo em 2008? A qualidade do crédito pode se deteriorar? Pode, mas pela falta de
renda para novos empréstimos.
FOLHA - Os bancos conseguirão
trocar "spread" por volume?
ALONSO - Os "spreads" já vem
caindo pela substituição de dívida com taxa alta para crédito
com garantia, como o consignado. As margens já estão caindo.
Vamos buscar aumento de produtividade e ganho de volume.
FOLHA - Qual o maior desafio?
ALONSO - Fazer mais com o
mesmo dinheiro. Automatizar
processos, usar a internet e melhorar a qualidade dos serviços.
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