São Paulo, segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

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Concorrência vai aumentar em 2008, diz o presidente do HSBC

DA REPORTAGEM LOCAL

Menor entre os maiores bancos, o HSBC vê a concorrência mais acirrada em 2008, após a associação do Real com o Santander. O presidente do banco, Emilson Alonso, diz que os bancos terão de trocar margens por escala. Leia entrevista.  

FOLHA - Como fica a concorrência após a aliança Real/Santander?
EMILSON ALONSO
- Fica mais agressiva. Essa aquisição tira a zona de conforto do sistema todo. Tem uma pressão adicional de queda de margem [de lucro]. Apesar de sermos o menor dos grandes bancos, temos uma escala mínima. Consigo trabalhar com a mesma rentabilidade dos concorrentes. A escala ainda não me mata.

FOLHA - Chegamos ao limite de crescimento do crédito?
ALONSO
- Para poder continuar crescendo nesse ritmo e baixar as taxas, o cadastro positivo é fundamental. Os compulsórios e os empréstimos direcionados comem um parcela dos recursos. É uma cunha que aumenta o custo.

FOLHA - O crescimento do crédito depende mais de juros ou renda?
ALONSO
- Quando o país cresce, agrega mão-de-obra e os salários sobem. Você formaliza o emprego e permite o crescimento de produtos, como o consignado, que tem uma certa garantia. Será que o Brasil cresce 5% de novo em 2008? A qualidade do crédito pode se deteriorar? Pode, mas pela falta de renda para novos empréstimos.

FOLHA - Os bancos conseguirão trocar "spread" por volume?
ALONSO
- Os "spreads" já vem caindo pela substituição de dívida com taxa alta para crédito com garantia, como o consignado. As margens já estão caindo. Vamos buscar aumento de produtividade e ganho de volume.

FOLHA - Qual o maior desafio?
ALONSO
- Fazer mais com o mesmo dinheiro. Automatizar processos, usar a internet e melhorar a qualidade dos serviços.


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